As ondas de calor podem ser um dos motivos do aumento na busca por atendimento de emergência, visto que o organismo sofre muito com a situação
Hospital Mário Palmério atendeu 952 pessoas na urgência, na segunda quinzena do mês de outubro, o que apontou aumento de mais de 36% (Foto/Arquivo)
O atendimento emergencial no Mário Palmério Hospital Universitário (MPHU) teve aumento de quase 36%, entre a primeira e a segunda quinzenas de outubro. Segundo os dados apontados pela instituição, mais de 950 pessoas foram atendidas entre os dias 16 e 31 do mês passado.
Ao todo, 701 pessoas procuraram o pronto atendimento do hospital na primeira quinzena de outubro. Já nos 15 dias seguintes, foram 952 atendimentos de clínica médica. O hospital aponta, que foi constatada prevalência em atendimentos relacionados a diarreia e gastroenterite, infecções agudas das vias aéreas e amigdalite aguda.
De acordo com os dados, também foi constatado aumento de 9% na primeira quinzena de novembro, em comparação com o mesmo período de outubro. No entanto, em comparação com os últimos 15 dias de outubro, a queda foi de 20%. O número de pacientes atendidos no período é de 764. Ainda entre 16 de outubro e 15 de novembro, além das doenças citadas anteriormente, houve aumento no número de casos de infecção do trato urinário.
“Conviver com este calor é complicado. O organismo humano sofre muito, porque não estamos preparados para isso. O organismo humano tem um processo de controle interno de temperatura e a forma de se autorregular é produzindo suor. Mas isso também é um problema, porque quanto maior o calor, mais há desidratação, e as consequências para o organismo são grandes”, explica o médico e diretor técnico do MPHU, Raelson Batista.
Já na rede pública, os dados registrados pelas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Uberaba apontam aumento de 16%, se comparado os primeiros 15 dias do mês de novembro no atendimento geral, com o mesmo período do ano passado.
Segundo a Fundação de Ensino e Pesquisa de Uberaba (Funepu), não é possível afirmar se este crescimento está relacionado diretamente às mudanças de temperatura. “Entretanto, percebe-se aumento considerável de casos mais graves de desidratação e queda de pressão, principalmente em idosos”, pontua a Fundação.
O início de outubro foi marcado por temperaturas máximas que chegavam a 35ºC e mínimas na casa dos 18°C. A segunda quinzena teve início marcado por chuva, no entanto, o termômetro alcançou os 37ºC, enquanto as mínimas subiram para 21ºC. A última semana foi marcada por chuva, novamente, ocasionando declínio da temperatura, que variou entre 21 e 32 graus. Já a primeira quinzena de novembro foi de calor intenso, com termômetros na casa dos 38°C, mas podendo atingir 40°C, como no último dia 9.