Até setembro deste ano, foram registradas 16 ocorrências (Foto/Divulgação)
O mês de setembro já registrou 10 afogamentos em toda a área da região Triângulo Sul, que inclui Uberaba, segundo dados do 8° Batalhão de Bombeiros Militares. Somente neste fim de semana, foram registrados cinco óbitos. Em entrevista ao programa JM News 1ª Edição, o tenente Edvaldo Lopes esclareceu que a situação é atípica e causa preocupação na corporação, que já se mobiliza com trabalhos de orientação.
Aos microfones da Rádio JM, tenente Lopes reforçou que a quantidade afogamentos registrados em um único fim de semana está fora da curva. “Esse ano foi bem atípico mesmo. Dificilmente a gente tem um número tão grande de afogamentos em apenas um final de semana. Então, foi extremamente fora do normal e a gente tem tentado tomar várias medidas para evitar esses acidentes”, explica.
O militar informa também que, entre janeiro e agosto de 2022, foram registradas 12 ocorrências de afogamento em toda região. Já em 2023, até setembro, foram registradas 16. Ainda, ele pontua que, em setembro do ano passado, apenas uma ocorrência de afogamento foi atendida, enquanto, este ano, já foram 10. "Tem aumentado os números. Isso é preocupante, reforça a necessidade de a gente ter que trabalhar de forma mais intensa a questão da prevenção”, analisa.
Com esse intuito, a o Corpo de Bombeiros tem trabalhado no incentivo a prevenção de afogamentos por meio de um plano de emergência, que vem sendo aplicado em todo o estado de Minas Gerais. O plano inclui a formação de guarda-vidas e a orientação da população, principalmente de crianças e do grupo de risco.
“O maior grupo de risco dos afogamentos são indivíduos do sexo masculino, jovens. Então, a gente tem trabalhado com palestras educativas informativas para esse público e trabalhando forte também na questão da formação de guarda-vidas, para poder disponibilizar esse pessoal qualificado para o mercado e atuar nesses ambientes onde há o risco de afogamento”, esclarece Edvaldo Lopes.
Segundo Tenente Lopes, o Corpo de Bombeiros não possui efetivo suficiente para estar em todas as áreas de risco, portanto, a atuação dos guarda-vidas é visada nestas áreas privadas de clubes e ranchos à margem de lagos e rios.