Autor uberabense detalha a mente criminosa em livro sobre serial killers

Professor uberabense lança livro sobre análise de perfis assassinos. A obra, “Serial Killers: como funciona a mente sombria dos assassinos em série”, assinada por Rubens Correa Junior, esmiuça crimes e seus autores de forma didática, visando causar reflexão no leitor sobre até onde vão os limites do ser humano.  

O livro retrata crimes ocorridos em âmbitos nacional e internacional. Ao Jornal da Manhã, Rubens conta que o leitor poderá compreender e analisar com o auxílio da psicanálise, porém, de forma didática, o perfil de autores de alguns dos casos mais famosos do mundo.  

“Nesse livro eu cito alguns casos, mas o livro é mais um manual para as pessoas entenderem como funciona a cabeça de homicidas em série e também de pessoas violentas. É um manual de como entender o comportamento maldoso, comportamento sombrio. Eu tenho outros livros na área, um pouco mais técnicos, e esse eu fiz junto com a editora Matrix, para que as pessoas leigas conseguissem entender comportamento psicopata, o comportamento sociopata, vinculado a crimes bárbaros”, afirma. 

No entanto, o autor esclarece que o livro não busca incentivar a análise de comportamentos erráticos no outro, mas propiciar um olhar cuidadoso sobre o ‘eu’. “Sempre me perguntam: 'Eu quero saber se o meu vizinho tem esse comportamento’. Uma das partes do nosso livro que a gente fala é que qualquer pessoa pode se tornar violenta. Basta algumas situações na vida para potencializar a violência que quase todos nós temos. Esse livro ele faz com que a gente tenha até uma autorreflexão do que a gente pode cometer também, além de ajudar, obviamente, a identificar alguns comportamentos suspeitos, obviamente, mas o que eu gosto mais é da autorreflexão de até onde podemos chegar com a violência?”, observa Correia. 

Rubens afirma que a porcentagem de pessoas com traços psicopáticos na sociedade é muito baixa. Portanto, a maioria dos crimes é praticada por pessoas consideradas “comuns”. “Então, o problema, na verdade, não está nos psicopatas do ponto de vista estatístico. E eu falo também no livro que não devemos considerar nenhum tipo de pessoa como monstro ou predador, porque isso prejudica o estudo. Que todos são sujeitos e devem ser estudados como tal, o que torna a atitude deles até mais assustadora. Sabendo que quem fez aquilo é uma pessoa comum. E dentro dos meus estudos, nos últimos 15 anos, a nossa vertente é essa de não estigmatizar e não procurar soluções fáceis”, analisa 

Segundo o professor, em breve deve iniciar a produção de um livro com casos registrados apenas no Triângulo Mineiro. A previsão de produção é a partir de 2025.