Enquanto a chegada das chuvas anima muitas pessoas, moradores do bairro São Cristóvão já se mostram preocupados com as enchentes que atingem a região em épocas chuvosas. Em fevereiro, o bairro foi castigado pelas enxurradas e, ainda hoje, várias ruas continuam sem pavimentação, destruída pela força das águas naquele mês. Após a chuva ocorrida na tarde de ontem, a equipe do Jornal da Manhã visitou o local e pôde constatar que o medo impera assim que cai a primeira gota d’água. A dona-de-casa Irene Fátima Santos, de 53 anos e há 15 residente na rua Sheila Vieira Magalhães, afirma que as obras iniciadas há cerca de duas semanas com o intuito de resolver os problemas de inundação estão acontecendo em ritmo lento. Segundo ela, não é só o mau tempo que atrasa os trabalhos. “Às nove horas da manhã, a gente vê os operários todos quietinhos, de braços cruzados. É um absurdo, pois temos pressa em resolver nosso problema”, dispara, temendo ter que abandonar seu imóvel assim que cair a próxima chuva forte. “Tem muita gente querendo vender a casa e sair logo daqui. Mas ninguém quer saber de comprar uma casa para se sujeitar a esse sofrimento”, completa. Durante a tarde, a reportagem tentou localizar os responsáveis pela obra para comentar sobre a recuperação das galerias nas ruas do bairro. Porém, até o fechamento da edição, ninguém foi localizado para tratar do assunto.