Em entrevista à Rádio JM, Carolina Ribeiro aponta que há relatos de pessoas que desistem de procurar por uma vaga devido ao salário oferecido ser semelhante ao valor do beneficio do governo federal
Bolsa Família (Foto/Reprodução)
O assistencialismo é um dos fatores que atrapalha o preenchimento de vagas de trabalho. Segundo a superintendente de Micro e Pequenas Empresas, Carolina Ribeiro, em reunião entre os municípios que possuem o Sistema Nacional de Emprego (Sine), este foi um dos fatores apontados como um “dificultador” na ocupação de oportunidades.
“Nas reuniões que fizemos no ano passado, um encontro com o Sines, a questão do assistencialismo foi um ponto levantado por todas as cidades”, aponta. Carolina Ribeiro, ao JM News 1ª Edição, da Rádio JM.
Segundo a superintendente, já ocorreram situações no Sine em que vagas de emprego foram negadas devido ao fato de o salário não agradar o candidato, por ser próximo valor recebido da assistência oferecida pelo Governo Federal. “Nunca aconteceu comigo, mas já houve relatos, sim”, contou ao JM News 1ª Edição.
Ainda segundo Ribeiro, o que tem atrapalhado o sistema de oferta de vagas não é a assistência, em si, mas suas regras. “Não que não tenha que ter, mas às vezes o governo deveria pensar de uma outra forma, até para poder incentivar esse trabalhador para que ele esteja dentro do mercado de trabalho. Então, se você está trabalhando em uma faixa de salário-mínimo, você faz jus a uma faixa de valor do benefício, como complemento da sua renda. Porque eu acho que às vezes o benefício ele acaba tirando um pouco do caráter de assistência mesmo e as pessoas pode ser que se acomodem”
Nesta segunda-feira (15), o Sine de Uberaba conta com 223 vagas de emprego disponíveis.