Bombeiros dão dicas para evitar acidentes domésticos com fogo

Com a chegada das temperaturas baixas e, consequentemente, a maior permanência de moradores em casa, é comum que aumente o número de incidentes domésticos registrados pelo Corpo de Bombeiros. Casos como vazamento de gás e incêndios com vela são os mais comuns, e a preocupação aumenta a partir desta época do ano. 

Em entrevista à Rádio JM, nesta segunda-feira (29), o capitão BM Marcelo Bosco revelou que, além dos incêndios em grandes áreas rurais e urbanas, os casos referenciais, em residências, ainda são expressivamente altos em Uberaba. Normalmente, os registros são em cômodos com presença de materiais inflamáveis, como cozinha e quarto. 

"Normalmente [os casos] estão ligados ao fogão, ponto dentro da cozinha com vários problemas, porque o pessoal tem criatividade para fazer adaptações. O vazamento de gás em si é bem comum. As pessoas fazem adaptações nas mangueiras e o pessoal não costuma fixar as coisas direito, usam mangueiras que fogem do padrão Inmetro. Geralmente temos os dois: ou é uma panela quente que inicia um incêndio, ou os vazamentos, que são raras as explosões", esclarece o capitão. 

Ainda nesta categoria, Marcelo Bosco relembra os casos de pessoas que usam meios alternativos para se protegerem do frio. Há um ano, um casal em Nova Ponte acabou morrendo após levar uma churrasqueira para o quarto, na tentativa de espantar o frio. 

Apesar de inusitado, não é raro o Corpo de Bombeiros encontrar uma vela ou outro artifício de fogo em cômodos de casas incendiadas. 

"Primeiramente, há o problema das substâncias toxicas. A pessoa absorve aquilo gradativamente e não percebe. Tivemos casso de pessoas que foram a óbito por isso. Pedimos para evitar fazer fogueiras em locais fechados, somente em locais ventilados. E somente no momento em que estiverem acordados e sentirem os sintomas. Quando você inala a substância, vai sentindo variações, você vai ficando mais tonto, a respiração fica pesada. Mas quando é à noite e você está dormindo, você apaga sem saber que apagou. E ainda há o risco associado de incêndio", finaliza o capitão do 8º BBM.