CIDADE

Cai movimento no Mercadão depois da retirada do queijo

Comerciantes do Mercado Municipal apontam que as vendas caíram significativamente depois das fiscalizações e recolhimento, no dia 22 de fevereiro, dos queijos artesanais

Publicado em 01/03/2011 às 00:03Atualizado em 20/12/2022 às 01:25
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Comerciantes do Mercado Municipal apontam que as vendas caíram significativamente depois das fiscalizações e recolhimento, no dia 22 de fevereiro, dos queijos artesanais. Alguns permissionários acreditam que sem a comercialização do carro-chefe, o queijo mineiro in natura, os negócios vão cair ainda mais.

Edna Santos trabalha com a venda de verduras no Mercado Municipal há 10 anos e afirma que, além de o movimento na banca ter caído, como consumidora, ela também não aprova a fiscalização. “Tenho sentido falta de comprar o queijo fresco, ele embalado e refrigerado não tem o mesmo sabor. Mas não sou a única. O pessoal vem ao Mercado para comprar o queijo, agora não tem aparecido mais tanta gente”, completou.

Os vendedores do queijo Minas apontam que a queda nas vendas foi significativa e pode provocar reflexos. Carlos Gomes Moreira relata que o produto é o carro-chefe do faturamento da loja. “Na minha banca, o queijo representa 30% das vendas, e depois da fiscalização a gente continua vendendo, mas agora bem menos. Temos receio de colocar na banca refrigerada e, por causa de algum detalhe, o que estiver exposto possa ser apreendido novamente”, pontua.

Outro ponto que causa preocupação para os permissionários é a chegada do carnaval. Com a vinda de turistas, se as vendas continuarem fracas, alguns falam até em demissão de funcionários. “A queda nas vendas foi de 50% apenas na minha loja. Assim não será possível manter todo o quadro de empregados. Com a quantidade de pessoas que vêm agora para o interior, como é que vamos atender à demanda?”, completa Carlos.

Amada Expedita Rezende, 78 anos, relembra que foi produtora de queijo a vida toda e descreve como absurdas as medidas adotadas para a comercialização do produto. “Estou disposta a entrar na briga, pois se o queijo for para a geladeira, ele madura, não fica amarelinho. Estou revoltada com essa fiscalização. Sempre fiz queijo e nunca tive problema com contaminação”, finaliza.

A fiscalização que aconteceu no dia 22, terça-feira, da semana passada, apreendeu, de acordo com comerciantes, aproximadamente 780 quilos de queijos, todos com selo e registro. A única irregularidade, segundo os fiscais, foi a forma como o produto estava acondicionado. O produto foi descartado no aterro sanitário, em processo que foi acompanhado pelos comerciantes.

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