Camelódromo ainda sofre com a crise financeira

Enquanto alguns setores comemoram, dizendo que o pior da crise financeira já passou, os vendedores ambulantes afirmam que o segmento ainda sofre com a baixa nas vendas e no movimento de clientes no camelódromo. De acordo com o Sindicato dos Vendedores Ambulantes de Uberaba (Sivau), as vendas caíram cerca de 40% em relação ao mesmo período do ano passado.   Carlos Silva, presidente do Sivau, esclarece que nenhum comerciante passou o ponto para frente ou fechou o negócio. No entanto, a fase está sendo considerada a mais difícil dos últimos tempos por causa da queda significativa nas vendas. “A gente percebe que o fluxo de pessoas que vinham aqui, apenas para passear ou pesquisar, também caiu consideravelmente”, diz, ressaltando que os setores de brinquedos, artigos em couro e bijuterias, carros-chefes do camelódromo, foram os mais afetados pela crise do mercado. “As variações do dólar, afetam de forma indireta. Afinal, compramos quase tudo no Brasil. Mas, quem revende pode comprar utilizando a moeda americana. De qualquer forma, temos feito promoções e aplicado descontos com o intuito de melhorar os negócios e amenizar as oscilações negativas”, completa.   De olho no Dia das Crianças, Carlos revela que os comerciantes organizarão uma grande festa para atrair o público infantil. Assim, diz ele, as crianças e os pais irão passear, aproveitar a festa e realizar compras. “Temos de nos esforçar, de todas as formas, para conseguir a recuperação, o mais rápido possível”, salienta. Fernando Oliveira, que comercializa equipamentos eletrônicos no camelódromo, ressalta que tem conseguido sofrer menos com os efeitos da crise por estar dando preferência às vendas a prazo, por meio do cartão de crédito. “Cerca de 40% das vendas estão sendo efetuadas no cartão. Isso tem ajudado a segurar um pouco os negócios”, conclui.