Caso as carcaças estejam aptas ao consumo humano, serão liberadas. No entanto, se constatada alguma não conformidade com as normas, serão descartadas (Foto/Divulgação)
Nesta sexta-feira (8), foi feita análise microbiológica no processo de inspeção das carcaças apreendidas durante interdição realizada em frigorífico de Delta, nesta semana. Conforme o promotor Diego Martins Aguillar, responsável pela área do consumidor, o produto ficou armazenado sob refrigeração e, como se constatou que as carnes estão aptas para consumo, foram liberadas. No entanto, o frigorífico somente pode voltar às atividades após as adequações às normas sanitárias.
Ao Jornal da Manhã, o promotor informa que foram inspecionadas as carcaças de suínos e bovinos abatidos no dia da interdição, bem como no dia anterior. “Quem reinspecionou foi o IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária), com a presença do Ministério Público, do responsável pelo frigorífico, seus técnicos e advogados”, afirma.
Como as carcaças estavam aptas ao consumo humano, foram liberadas.
Mesmo com o produto liberado após os testes microbiológicos, o frigorífico continua interditado, visto que é necessária adequação do estabelecimento. “O processo de produção, sob a perspectiva dos impactos potenciais à saúde do consumidor e ao meio ambiente, inviabiliza a desinterdição. Ou se adequam, ou será mantida a interdição. Para funcionar, terá que obter a desinterdição por via administrativa ou judicial, relativamente aos três órgãos”, reforça o promotor.
A interdição ocorreu na terça-feira (5), feita pelo Procon/MG (Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor), Superintendência Regional de Meio Ambiente (Supram) e pelo IMA. Conforme noticiado pela coluna FALANDO SÉRIO, foram identificadas pelo menos quatro irregularidades, incluindo a poluição do córrego Conquistinha, depósito de materiais poluentes sobre o solo (sem impermeabilização) e armazenamento de resíduos sólidos perigosos de forma inadequada e sem sinalização.
O frigorífico recebeu duas autuações no valor de R$178.189, pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente.
Impactos no abastecimento
Apesar de ser o principal fornecedor de carnes em Uberaba, a cidade não deve ser impactada pela interdição no que tange à venda do produto. A informação é do presidente da associação de açougues da cidade, Orlando de Souza Junior, ao JM. Conforme o presidente, existem outras fontes de abastecimento do produto na cidade.
Mudança de cardápio
Situações como esta, naturalmente, geram dúvida e receio nos consumidores. Dessa forma, o JM separou algumas opções para aquele consumidor que decidir “dar um tempinho” nas carnes vermelhas.
1 – Frango
Mais barata e rica de proteína, a carne de frango é uma boa saída, além de ser muito saudável. 100 gramas de peito de frango, por exemplo, tem menos de 4 gramas de gordura, já 100 gramas da carne bovina possui de 10 a 15 gramas.
2 – Ovos
Eles são muito versáteis e mito mais baratos, os ovos também possuem micronutrientes muito importantes para a nossa saúde, como as vitaminas do complexo B, vitaminas A, E, D e zinco. Além disso, são várias opções de como fazer: cozidos, mexidos, fritos ou no preparo de uma deliciosa omelete.
3 – Sardinha
Tanto a sardinha in natura, encontrada na peixaria, como em lata são ótimas fontes de proteínas e ômega 3. Proporcionam benefícios para nosso sistema neurológico e cardiovascular. Também contém fósforo, cálcio e vitamina D.
4 - Grãos
Feijão, lentilha, grão-de-bico, ervilha e soja são grãos tão proteicos quanto a carne bovina e muito saborosos. A soja, por exemplo, contém os aminoácidos que nosso corpo precisa, assim como a carne vermelha.