FATURAMENTO

Cartórios de Uberaba apresentam queda incomum no faturamento

Rafaella Massa
Publicado em 12/11/2023 às 16:05
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Com uma queda de 10% no faturamento entre semestres, os cartórios de Uberaba enfrentam uma mudança no comportamento do cidadão uberabense. Segundo dados compartilhados em primeira mão pelo jornalista Wellington Cardoso Ramos, titular da coluna Falando Sério, a redução no faturamento entre o primeiro semestre de 2023 e os últimos seis meses de 2022 foi de R$4 milhões.  

Em dados detalhados, a receita referente ao segundo semestre do ano passado chegou a foi de R$ 43,7 milhões, enquanto no primeiro semestre deste ano foram R$ 39,1 milhões. É válido citar que parte da arrecadação é voltada para os cofres do Governo Federal, do Tribunal de Justiça e outras entidades. 

Rafael Espirandeli, tabelião do Cartório do Terceiro Ofício de Notas, em Uberaba, atribui essa queda às mudanças políticas e econômicas que o país passou de um ano para outro. O profissional conta que, durante a pandemia, foi registrado aumento na procura.  

“Eu acredito que desaceleração vem em virtude da economia, em virtude de política, de troca de governo. Porque, nesses últimos meses, a gente até conversou sobre isso aqui, que teve uma queda, inclusive nem na pandemia teve uma queda de serviços tão brusca. Eu acredito também que as pessoas procuraram mais durante à pandemia, as pessoas ficaram muito preocupadas com o risco de perder a vida. Então, a incidência de doação aumentou, a incidência de testamentos, aumentou. Agora, como já está mais tranquilo, o pessoal tranquilizou”, afirma.  

Conforme Rafael, os serviços mais solicitados no cartório atualmente são de transações referentes à compra e venda de produtos, além do reconhecimento de firma.  

A funcionária Bruna Oliveira informou que janeiro tende a ser o mês com pior registro de lucro. No entanto, em outubro deste ano, o cartório foi surpreendido com queda acentuada no lucro.  

“Os outros meses até que foram razoáveis, mas o mês de outubro, realmente... Porque o mês que estamos acostumados a ver essa queda é janeiro, sempre, todos os anos. Por conta de pagamento de IPVA, documentos de casa, materiais escolares. O janeiro sempre foi o pior mês. Esse mês de outubro foi o nosso segundo pior mês do ano. Os outros meses foram razoáveis, mensalmente tiveram uma queda em relação ao ano passado. A gente realmente teve uma desaceleração”, relata.  

A reportagem do Jornal da Manhã entrou em contato com a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais de Minas Gerais (Arpen-MG). Segundo a instituição, o panorama apresentado não representa a realidade dos cartórios de registro civil. 

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