POVOS ORIGINÁRIOS

Censo aponta que Uberaba tem 240 pessoas que se declaram indígenas

Marconi Lima
Publicado em 18/04/2024 às 19:32
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Os caiapós, assim como os tupis, os tremembés e os araxás, foram comunidades indígenas que habitaram a região de Uberaba antes da chegada do homem branco (Foto/Reprodução)

Os caiapós, assim como os tupis, os tremembés e os araxás, foram comunidades indígenas que habitaram a região de Uberaba antes da chegada do homem branco (Foto/Reprodução)

Dia 19 é dedicado aos povos originários. É chamado de Dia do Índio. Atualmente, em Uberaba, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município conta com 240 indígenas.

A maior parte da população uberabense se declarou branca, 176.480. No comparativo com o Censo de 2010, houve um decréscimo. Naquele ano, 183.150 haviam se declarado brancos. A população assumida parda saltou de 82.757 para 122.134 nos últimos 12 anos. Os que se declaravam pretos em 2010 eram 29.976 e agora são 37.856. Apenas uma pessoa se declarou quilombola.

A população branca tem média de 38 anos; a preta, de 36; a parda, de 33, e a indígena, de 39.

Mas, na história dos 204 anos de Uberaba, nem sempre houve a predominância da população branca no município. Conforme as informações do Arquivo Público Municipal, os primeiros habitantes da região foram os índios tupis; depois, os tremembés, os caiapós e os araxás, de tradições seminômades, cujas comunidades se movimentavam de um local para outro. Eles viviam em grupos de poucas famílias, com simplicidade e sobreviviam do que a natureza oferecesse.

A exploração e o povoamento de todo o Triângulo Mineiro, de modo geral, ocorreram da mesma forma como em todo o Brasil Colônia: pelo “amansamento” e extermínio das populações indígenas e dos negros nos quilombos. O governo de Goiás viabilizou a segurança das estradas e por isso providenciou meios para policiar, “amansar” e exterminar os rebeldes, fato constatado com a matança dos caiapós, tribo que originalmente habitava a região.

Portugal passou a ter interesse pela região a partir dos fins do século XVI, tendo como objetivo encontrar os minerais preciosos, “amansar” os índios e, se fosse preciso, até exterminá-los para que as metas da Coroa Portuguesa fossem cumpridas.

A primeira investida do colonizador português, ou seja, do homem branco, sobre a região do Triângulo Mineiro começou em fins do Século XVI, precisamente a partir do ano de 1590, data da primeira “bandeira” (expedição), chefiada pelo capitão Sebastião Marinho, que partiu de São Paulo e atingiu o rio Tocantins, em Goiás.

Por volta de 1600, surgiu a Aldeia de Santana do Rio das Velhas (hoje Araguari), considerada o primeiro núcleo de povoamento branco na área que seria o futuro Estado de Minas Gerais, fundado pelos padres jesuítas com o objetivo de aculturar os índios, ou seja, catequizá-los.

Posteriormente, inúmeras “bandeiras” paulistas foram organizadas ao longo dos séculos XVII e XVIII, com a mesma finalidade, sendo as mais significativas para a região do Triângulo Mineiro.

O nome Uberaba, aliás, vem do tupi e significa “águas cristalinas”, sendo formado através da junção de “y”, água, ou águas, “berab”, brilhante, e “a”, um sufixo substantivador. Portanto, uma tradução mais literal seria “água brilhante”. O nome, surgido no século XVIII, provém da língua geral, desenvolvimento histórico do tupi antigo.

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