Telemedicina permite o acompanhamento a distância de pacientes (Foto/Zello Saúde)
O Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM) encontra dificuldades para manter um fluxo saudável de atendimentos e novas consultas. Com alto número de pacientes em acompanhamento, uma das alternativas levantadas é o uso da telemedicina, mas a ideia é rejeitada por 37% dos pacientes, segundo estudo feito pela ouvidoria da unidade.
Em um mês, enquanto o HC realiza 19 mil consultas, recebe cerca de 820 novos pedidos, ou seja, não há vazão suficiente que possibilite a abertura de novos atendimentos. "Atendemos, ambulatorialmente, 19 mil consultas por mês, no Maria da Glória, no de Especialidades e no Pênfigo. Dessas, mais ou menos 820 são novas. Isso acontece porque o paciente, quando vai ao Hospital de Clínicas de forma ambulatorial, tem um problema crônico e acaba continuando no HC, tratando no hospital. Nesse momento, você tem um número de retornos muito grande e diminui o número de vagas disponíveis para novos pacientes", explicou a superintendente do HC-UFTM, Luciana de Almeida Silva Teixeira, em entrevista à Rádio JM.
Para tentar driblar essa questão, a ideia seria usar a telemedicina para acompanhamento dos pacientes. Ele retornaria para o serviço de sua cidade natal, mas teria o suporte do HC a distância. "A gente poderia fazer o suporte online, com nosso especialista. O da rede municipal pode não ser especialista, mas nós conseguimos acompanhar, isso abriria espaço para novas consultas, e a gente roda mais esse quadro de pacientes", informou Luciana.
Entretanto, não é essa a vontade atual dos pacientes. Segundo um estudo da ouvidoria do hospital, apesar de 84% de satisfação dos pacientes com a unidade, 37% rejeita a telemedicina. "Quase 40% rejeitando o teleatendimento é um desafio imenso para melhorarmos a vazão. Atualmente, começamos com alguns pilotos, com acompanhamento por profissional da saúde. Mas antes de implementar, temos que estruturar a rede de internet, definir um local para ser feito. Estudamos tudo como um piloto", finalizou a superintendente.