Nutricionista orienta sobre consumo de bebidas alcoólicas durante as festas de Natal e Ano Novo
Com a chegada das festas de fim de ano, além das comidas típicas, as bebidas alcoólicas também ganham espaço nas confraternizações. Para quem está de dieta ou busca manter algum equilíbrio durante as ceias de Natal e Ano Novo, o consumo de álcool merece atenção especial. Em entrevista ao Pingo do J, o nutricionista Ademir Nomelini ressaltou que não é preciso abrir mão da bebida, mas o exagero pode comprometer tanto a digestão quanto o controle alimentar.
Nomelini explicou que a associação entre comida e bebida alcoólica costuma dificultar escolhas mais saudáveis. “Geralmente, quem vai beber não vai comer uma fruta, não vai optar por algo mais leve. A bebida acaba mudando o comportamento alimentar”, observou.
Apesar disso, o nutricionista reforçou que a comemoração faz parte do Natal e que é possível consumir bebida alcoólica sem prejuízos, desde que com moderação. “Pode beber o que gosta, pode comer o que está sendo servido. O problema é o excesso”, destacou. Para ele, o excesso nem sempre é percebido de imediato, já que cada organismo reage de forma diferente. “O corpo dá sinais. Quando a pessoa já está empachada, pesada, com desconforto, é o momento de parar. Às vezes a cabeça quer continuar, mas o estômago já não aguenta mais”, alertou.
Outro ponto destacado pelo nutricionista é a forma como as ceias acontecem. Segundo Nomelini, comer e beber aos poucos, ao longo da noite, é mais saudável do que consumir grandes quantidades de uma só vez. “Degustar devagar, conversando, levantando da mesa, interagindo com a família, é muito melhor do que sentar e exagerar tudo de uma vez e depois ir deitar”, explicou.
Cerveja ou vinho?
Quando o assunto é a escolha da bebida, Nomelini afirma que não existe uma opção totalmente livre de impacto, mas a quantidade consumida faz toda a diferença. “Se comparar uma garrafa de cerveja com uma garrafa de vinho, a cerveja é menos calórica. Uma garrafa de cerveja equivale, em média, a uma taça de vinho”, explicou.
No entanto, ele alerta para um erro comum: “O problema é que quem começa a beber cerveja, muitas vezes, não para. Vai uma, duas, três, às vezes uma caixa inteira. Já o vinho costuma ficar em uma ou duas taças”, pontuou.
Por isso, a orientação é de que, independentemente da bebida escolhida, o mais importante é fracionar o consumo e respeitar os limites do corpo. “Com moderação, dá para aproveitar melhor a ceia, sem mal-estar e sem prejudicar a saúde. Depois das festas, a rotina volta, e é nela que a pessoa precisa se cuidar”, concluiu.