Com a aproximação da quaresma, quando o consumo de carne diminui consideravelmente na região, a expectativa é a de que os pecuaristas coloquem o gado
Com a aproximação da quaresma, quando o consumo de carne diminui consideravelmente na região, a expectativa é a de que os pecuaristas coloquem o gado no mercado, aumentando a oferta e provocando queda nos preços repassados ao consumidor.
De acordo com o secretário municipal de Agricultura, José Humberto Guimarães, mesmo com a incidência de chuvas nas regiões de produção, que torna o pasto mais abundante e facilita o processo de engorda, nenhum produtor deve segurar o gado nos dias que antecedem à quaresma. “A tendência é irreversível, pois os produtores têm que se livrar do estoque agora, para que na época em que o consumo despenca, os novos bois ainda estarão em processo de engorda e aí dá para segurar a oferta”, explica José Humberto.
Para o secretário, a agricultura familiar serve como termômetro para a situação que será delineada nos próximos dias, nos frigoríficos. “Ontem visitei as feiras livres da cidade e, em algumas delas, a carne de porco, por exemplo, já estava sendo vendida por quase metade do preço, caiu de R$ 7, para R$ 4,5 o Kg”, garante.
Nos açougues, embora o consumo esteja desacelerado desde o começo do ano, há expectativa de que com a diminuição dos preços, as vendas tomem fôlego para entrar no pior período do ano para o setor. “Mas estamos preparados para passar pela quaresma, mesmo porque, a cada ano o número de penitentes diminui mais”, finaliza Delfino Borges da Silva, proprietário de estabelecimento no bairro Santa Maria.