Secretário de Desenvolvimento Econômico, João Franco Filho, confirma a intenção da empresa brasileira JLJ e da chinesa BBCA Group Corp de investirem mais de 200 milhões de dólares em uma fábrica de ácido cítrico, em Uberaba.
De acordo com ele, ainda ontem conversou com o gerente de negócios internacionais da JLJ, Edmilson Ferreira, que confirmou a vinda de 12 técnicos chineses a Uberaba, na próxima semana, para avaliar as possibilidades do investimento. Para João Franco, o investimento está na marca do gol, faltando apenas o chute. Ainda segundo ele, devido ao diferencial que Uberaba apresenta em relação à sua concorrente, a cidade de Piracicaba, no estado de São Paulo, “poderia se dizer que não há goleiro”, numa referência de que não há nenhum tipo de obstáculo para a concretização do negócio.
De acordo com Franco, as tratativas tiveram início logo após contatos com o grupo da Chery, uma empresa montadora de veículos com a qual ele está negociando possível instalação na cidade. “No convívio com os executivos da Chery, conheci os da BBCA, uma vez que fazem parte do mesmo grupo”, disse João Franco, revelando ter conversado sobre o projeto com os próprios executivos da BBCA, em São Paulo.
Bastante interessados, o retorno de Edmilson veio logo na semana seguinte, com a visita de assessores que conheceram o potencial e a capacidade de produção de cana-de-açúcar da região, principal matéria-prima para o fabrico do ácido cítrico. Uma das vantagens de Uberaba está na Zona de Processamento de Exportações (ZPE), em fase de liberação junto à União, uma vez que 100% da produção será destinada ao mercado externo.
Para João Franco, as negociações foram meteóricas, devido ao encantamento do grupo por Uberaba. “Até cheguei a achar o grupo muito ousado, dada a pressa com que agendou as visitas”, disse o secretário, que agora avalia ter matado dois coelhos com apenas uma paulada. Ele negociava a vinda da Chery e de quebra tem a possibilidade, quase certa, da conquista de outro grande empreendimento do mesmo grupo. “Sou cauteloso e a confirmação ainda depende de algumas coisas. Trata-se de um projeto monstruoso, que não se resolve de uma semana para a outra”, avalia.
Mas, segundo Franco, na conversa de ontem com Ferreira, ele teria deixado claro quanto à probabilidade de o investimento dar certo para Uberaba. “Ele ressaltou a minha a capacidade empreendedora, de acolher, somada à logística, estrutura, posição geográfica e recursos de Uberaba, que não existem iguais em nenhuma outra cidade. Se a decisão for dele, a fábrica será em Uberaba”, concluiu.