Com a umidade relativa do ar muito baixa, marcando apenas 22%, a climatologista Wanda Prata alerta para os males provocados no organismo humano, como a elevação da pressão arterial, dores de cabeça, sangramento no nariz ou no cérebro, tonturas, mal-estar e náuseas, olhos secos, entupimento das narinas e dificuldade de respiração, bronquites e cansaço.
Para minimizar estes sintomas, a professora recomenda ingerir água o maior número de vezes possível, permanecer em locais umidificados ou à sombra de árvores, evitar exercícios no caso de mal-estar e tonturas. No caso de sangramento no nariz, colocar gelo na testa com a cabeça para trás. Já nos casos de cansaço e descarga elétrica (choques), basta andar descalço na grama ou pisar na terra sem sapatos por alguns segundos.
Segundo a climatologista, a temperatura está entre 19 e 32ºC e os ventos continuarão soprando na parte da manhã, com fortes rajadas que carregam folhas e poeira para todos os cantos.
A especialista do tempo explica que não há previsão de chuva, pelo menos até terça-feira, com permanência da baixa umidade relativa do ar. “É uma questão ambiental muito séria para os seres vivos”, afirma.
De acordo com ela, uma rotação anticiclônica, localizada na região central do Brasil há vários dias, está se movimentando para o Sul. “Como roda ao contrário dos ponteiros do relógio, o ar sofre compressão adiabática, aquecendo muito e descendo já ressecado”, explica.
Segundo Wanda, enquanto essa massa anticiclônica permanecer sobre o Triângulo Mineiro e norte de São Paulo, não haverá chuvas. Elas vão ficar no Sul do País, vindo até Santa Catarina, mas acaba voltando, podendo chegar somente até o sul do Estado de São Paulo.
Para Wanda, este anticiclone, situado em níveis altos e médio da atmosfera, joga o ar para a camada laminar e nesse caminho ganha calor e resseca mais o ar. Na camada laminar, o ar é aquecido e a umidade relativa é baixa.