Levantamentos realizados na gestão anterior e pela Caixa indicam que mais de 110 imóveis do “Minha Casa, Minha Vida” estão ocupados de forma ilegal
Imagem Ilustrativa (Foto/Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
A Companhia Habitacional do Vale do Rio Grande (Cohagra) está no processo de elaboração de equipes para a identificarão de imóveis habitados de forma irregular em Uberaba. Questionado durante o programa Pingo do J, o presidente da companhia, Gledston Moreli, o Dê, respondeu que “o número de ocupações irregulares é surpreendente”.
Segundo o último balanço da Cohagra, realizado pelo antecessor Davidson Chagas, cerca de 120 casas do projeto federal “Minha Casa, Minha Vida” estavam em situação irregular em Uberaba. Já na contagem realizada pela Caixa Econômica Federal (CEF), são 112 registros de suspeita de ocupação indevida. No entanto, Moreli alega que algumas áreas apropriadas não são de conhecimento do Poder Público.
A situação preocupa o governo municipal, porque a regularização garante arrecadações. Com os imóveis adequados, é possível recolher o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), entre outros tributos.
“Nós já estamos formatando uma equipe para que possa fazer esses levantamentos junto com as secretarias responsáveis por essas informações, e ir a campo também. E hoje, fora do ‘Minha Casa, Minha Vida’ existem algumas áreas e terrenos que estão invadidos e que o Poder Público talvez não tenha o conhecimento total de quem são aquelas pessoas”, afirma o presidente.
Durante a entrevista, Dê Moreli alegou que a companhia teria sido utilizada como forma de “politicagem” em governos anteriores, sendo este o motivo de tantos imóveis irregulares. “Tratar de áreas que foram entregues por outros prefeitos ou entregues em outra gestão não traz voto para o de agora e a verdade é que a prefeita Elisa [Araújo] não está preocupada com essa questão”, alega.