Obra no Mercado Municipal de Uberaba (Foto/Jairo Chagas)
Ainda sem a nova licitação deflagrada, a obra de reforma do Mercado Municipal pode ser temporariamente paralisada durante os meses de dezembro deste ano e janeiro de 2024. A proposta é dos próprios permissionários do local, em razão do aumento na movimentação comercial de fim de ano.
Em entrevista à Rádio JM, nesta segunda-feira (17), Ednei Souza, empresário e representante dos comerciantes, expôs que há boa expectativa de que, desta vez, a reforma do Mercadão seja feita de maneira correta e a contento, após as mudanças realizadas no projeto.
"A expectativa é a melhor possível. Deram uma 'enxugada' no projeto. Até dia 1º [de agosto] a empresa ganhadora vai sair e a previsão de obras é de 10 meses. Agora, como está enxuta [a reforma], acredito que vai ser rápido. O mais demorado seria o piso e a parte de esgoto. (...) Felizmente, agora entenderam que não precisamos mexer no piso. Em 30 anos que trabalho no Mercadão, nunca supitou um 'ralinho' lá dentro. É uma obra antiga, mas muito bem feita. Agora o piso não é algo que vão mexer, e ficamos muito felizes", declarou Ednei Souza.
A abertura da licitação da nova obra está marcada para o dia 1º de agosto e deve ser retomada, no máximo, até o início de setembro. O edital prevê 10 meses para a entrega da reforma, o que levaria até, no mínimo, junho do ano que vem.
Porém, neste meio tempo, há o período de festividades de final de ano, momento de grande movimentação comercial no Mercadão. Para evitar transtornos, os permissionários estão em contato com as secretarias de Agronegócio e Serviços Urbanos e Obras para que as ações sejam interrompidas momentamente.
"É uma preocupação muito grande. Estamos em contato para uma ideia, que seria paralisar [a obra] no mês de dezembro e voltar em fevereiro. Dezembro é muito movimento e janeiro é férias, então voltaríamos em fevereiro. E vamos conversando nesse sentido", revelou o empresário Ednei.
De acordo com Agnaldo Silva, secretário de Agronegócio, estudos mostram a probabilidade de o período chuvoso começar mais cedo este ano, em outubro, e uma grande parte do serviço a ser executada é no telhado do Mercadão. Por isso, a intenção é trabalhar de forma bem efetiva com a vencedora da licitação para agilizar essa parte do trabalho, no máximo, a partir de setembro. “Assim temos praticamente 60 dias para dar evolução grande na cobertura”, manifestou.
O secretário explicou que a construtora anterior executou cerca de 40% da troca das telhas antes de deixar o canteiro de obras. Com isso, resta, aproximadamente, 60% do telhado para ser recuperado quando a nova empresa assumir o serviço. “Quase R$900 mil do orçamento total da obra estão envolvidos nessa parte de cobertura e forro. Isso é praticamente um quarto da obra”, salientou.
Questionado, o titular do Agronegócio manifestou que outros serviços internos podem ser realizados paralelamente à troca do telhado, porém isso dependerá da capacidade de mobilização da nova empresa. “É possível trabalhar na cobertura e fazer a parte elétrica e estacionamento externo, porque os serviços têm mão de obra distinta. Só depende da capacidade de mobilização”.