O ano de 2023 está chegando ao fim e a época marca o período mais lucrativo para o comércio. Além de anteceder o Natal, o mês de novembro é famoso pela Black Friday, calendário de queima de estoque em que os produtos recebem aquele "descontinho" para atrair os consumidores. Em 2023, o comércio de Uberaba está otimista em relação à data.
Uma pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio) revelou que 53% dos consumidores mineiros planejam fazer compras durante a Black Friday deste ano. O interesse dos entrevistados é maior em relação a itens de consumo, como roupas, calçados, acessórios, eletrodomésticos, eletrônicos e produtos de telefonia.
De acordo com Thiago Árabe, gerente do Sindicomércio em Uberaba, a pesquisa serve como apoio aos comerciantes da cidade e oferece uma visão geral das expectativas de compra. Árabe destaca que os consumidores ainda estão um pouco receosos em relação à data, mas ele percebe um maior interesse em consumir durante esse período.
"Vemos que haverá uma boa aceitação, mas ainda há alguns detalhes da Black Friday que tornam o consumidor cauteloso. A ideia de 'dobro pelo preço da metade' já não engana mais o consumidor, então ele pesquisa o produto que deseja e aguarda a Black Friday para ver se realmente vale a pena ou não", explica.
A mesma perspectiva positiva foi identificada em uma análise realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), que espera um aumento nas vendas em comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com Fernando Xavier, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Uberaba, o crescimento nas vendas pode chegar a cerca de 20% durante esse período que antecede as festas de fim de ano, em comparação com 2022. Xavier observa que os consumidores estão mais atentos, pesquisando e comparando preços com antecedência.
Outro dado importante é que cerca de 70% dos consumidores aguardam promoções de uma marca específica, o que pode indicar fidelidade à marca, devido ao longo período de pesquisa de preços.
Thiago Árabe também alerta que as empresas que utilizam a data para enganar os consumidores prejudicam sua própria imagem. "As lojas que adotam essa prática acabam prejudicando sua reputação, não apenas em novembro, mas também perdem a credibilidade junto aos consumidores no futuro", conclui.