(Foto/Arquivo JM)
Realizada nesta terça-feira (23) a primeira reunião do Conselho de Previsão de Safra, na sede do Sindicato Rural de Uberaba (SRU). Esse é o início da colheita da soja e de acordo com informações obtidas junto aos produtores, a perspectiva é otimista. “Isso tendo em vista a produção da área colhida, até o momento, ter uma média de 62 sacas por hectare”, disse o titular da Secretaria do Agronegócio (Sagri), Agnaldo Silva.
Segundo ele, com a intensificação da colheita, ao longo deste mês, será possível uma análise mais assertiva sobre a produtividade deste ano, cuja queda está estimada, até o momento, em torno de 10%, em comparação com a safra 2022/2023, quando foram plantados 85.100 hectares.
De acordo com o extensionista da Emater, Petrônio Silva, na primeira reunião mensal do Comitê de Safra foram discutidos esses primeiros números e, agora, continuam os levantamentos com o fechamento das áreas de soja e início da colheita, da mesma forma que acontece com o milho. Ele estimou que nos próximos 60 dias seja possível ter uma noção mais realista. "O clima no ano passado foi desfavorável e tivemos de plantar a soja e o milho mais tarde", acrescentou.
Vale lembrar que, no ano passado, todas as lavouras de soja foram plantadas no Município, inclusive, 4% de áreas de replantio, devido à falta de chuva e o sol forte, em média. Na safra de verão 2022/2023 Uberaba plantou 24.500 de milho padrão e silagem chegou a 13.600 hectares.
De acordo com os números do final do ano passado, as estimativas da Emater, em relação ao milho, não eram das melhores. “O produtor também retardou o plantio ou optou por outra cultura, como a de soja”, disse o extensionista da Emater.
Uberaba é o maior produtor de cana-de-açúcar do Brasil com mais de 115 mil hectares plantados na safra 2022/2023 e 16 mil hectares renovados com outras culturas. "Para este ano está sendo esperado um incremento de áreas novas, além das áreas antigas, com perspectiva de crescimento da ordem de 5%. Vamos ver o que acontece até o fechamento no final do ano", destacou Petrônio.
Fazem parte do Comitê, além da Sagri, Emater e SRU, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e produtores rurais. Estiveram também na reunião o assessor jurídico do Sindicato Rural, João Henrique Vieira da Silva, o agrônomo da Emater Wilson Marajó Fernandes, o gerente de carteira da CEF, Wagner Rabelo Nunes, o assessor de agronegócios do Banco do Brasil, Elízio Carlos Cotrim, o extensionista da Emater-MG, Tomaz Antônio Chiathi e o assessor da Sagri, José Geraldo Borges Celani.