Semana passada, a administração municipal abriu licitação para fornecimento de medicamentos para atender processos da SMS
Semana passada, a administração municipal abriu licitação para o fornecimento de medicamentos para atender aos processos excepcionais da Secretaria de Saúde, com estimativa de R$ 2,1 milhões. A licitação envolve 300 itens. Mas esta é a história que o vice-presidente do Conselho Municipal de Saúde, Jurandir Ferreira, está cansado de ouvir da prefeitura. E informa sobre os 600 processos que aguardam análise da Comissão de Avaliação para liberação de medicamentos e mais 700 que já foram analisados e que não recebem os remédios com regularidade.
O pai de Claricinda Massa é um exemplo. Revoltada, ela afirma que nunca recebe os medicamentos na totalidade e que a última remessa foi em outubro do ano passado. “É enrolação de falar que a licitação não está pronta. A pessoa que tem doença crônica não pode esperar, pois o uso do medicamento é diário”, desabafa.
Jurandir garante que todos os dias são os mesmos problemas apresentados nas reclamações para a ouvidoria e alerta que não há planejamento para a população não parar de receber os remédios. “Já tentamos de tudo para resolver essa situação. Vai chegar dezembro e esse pessoal não vai ter recebido”, completa.
A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que os medicamentos do programa Hiperdia são entregues de três em três meses. A última entrega foi realizada em outubro do ano passado, mas houve atraso na entrega de janeiro por um problema nos Correios, que já teria sido solucionado, segundo a SMS.
Quanto a esses dois medicamentos do pai de Claricinda, a empresa fornecedora teve contrato encerrado no fim do ano passado e a SMS abriu nova licitação para a contratação de outra empresa. Ainda não há previsão de esses medicamentos voltarem a ser fornecidos pela farmácia do município.