ANO NOVO, VIDA NOVA

Conselho Tutelar reforça ações no combate à presença de crianças em semáforos

Juliana Corrêa
Publicado em 16/01/2024 às 10:43Atualizado em 16/01/2024 às 10:45
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A inauguração da nova sede do Conselho Tutelar em Uberaba é um passo a mais que a cidade dá em direção à proteção integral das crianças e adolescentes do município. Contudo, ainda há muito o que ser feito, e uma das situações que exige atenção é a presença de adolescentes e crianças vendendo produtos nos semáforos. A secretária de Desenvolvimento Social, Érika Martins, aponta que muitas são as razões que levam esses menores à prática. 

Segundo a titular da pasta, algumas crianças são orientadas e até mesmo acompanhadas pelos próprios pais, mas outras vão sozinhas, sem que os responsáveis saibam o que eles estão fazendo, com o intuito de ganhar o próprio dinheiro. Mas a secretária reforça que não se trata de empreendedorismo, mas sim de uma situação de vulnerabilidade, uma vez que as crianças ficam à mercê de ação criminosa.  

Contudo, tirar os filhos do cuidado dos pais é um assunto delicado e antes de chegar a esse ponto, muito pode ser feito para corrigir a situação. “Qual é o papel (do Conselheiro Tutelar)? É atender essa criança, é ouvir o adolescente e orientar que ali não é o lugar dele, ele precisa estar estudando. E a partir daí é realizado o atendimento com a família, é orientado ao responsável que que aquele adolescente ou criança não pode estar naquele espaço. E são feitos todos os encaminhamentos para atendimento da rede, como curso profissionalizante, no caso de um adolescente, para curso técnico, além do encaminhamento para o CREAS, também para acompanhamento do núcleo familiar”, ressalta a secretária. 

Além da situação em si, a venda de produtos nas ruas pode acarretar outros problemas às crianças e adolescentes, como risco de atropelamento, evasão escolar e uso de drogas. “Nossa equipe de Secretaria de Desenvolvimento Social, junto com a Saúde, temos tido reuniões mensais para discutir a questão do uso de drogas de crianças e adolescente, para que a gente possa atuar e trabalhar. Porque não é não é uma realidade que acontece agora. Às vezes, essa criança vem de uma vivência dentro de casa”, explica a secretária Érika Martins. “Não é fácil, porque muitos não aceitam o tratamento, então tem esses dificultadores. Mas nós não podemos desistir, né? A criança e o adolescente são o futuro do nosso município, a gente precisa trabalhar”, finaliza.

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