Comissão de reivindicações, formada por trabalhadores que atuavam na ampliação do complexo industrial da Fosfertil, se reuniu na manhã de ontem em frente do aterro sanitário
Comissão de reivindicações, formada por trabalhadores que atuavam na ampliação do complexo industrial da Fosfertil, se reuniu na manhã de ontem em frente do aterro sanitário de Uberaba para novas discussões sobre o movimento.
De acordo com a informação do diretor administrativo do Sintramonti-MG, Wemerson Lopes, a assembleia de hoje foi cancelada e as especulações sobre o número de funcionários que aderiram à greve acontecem porque muitos viajaram ou se dividem nas mobilizações.
A construtora Consórcio Fertil alega, através de comunicado, que nas últimas 24 horas está sofrendo fortes intimidações verbais a muitos profissionais da empresa, inclusive mulheres. No documento, descreve que há piquetes ostensivos nas imediações da empresa, impedindo o livre acesso dos trabalhadores ao canteiro de obras, em flagrante desrespeito às determinações da desembargadora da 3ª Vara, Emília Facchini.
A construtora ainda ressalta que estão sendo feitas invasões aos ônibus de funcionários, intimidando os trabalhadores para descer e não entrar ao trabalho.
A denúncia, feita pela construtora que terceiriza o serviço dos funcionários em greve, acrescenta que diretores sindicais utilizam de forte envergadura física, provocando e instigando trabalhadores para embate e agressões. Segundo um funcionário da Consórcio Fertil, que prefere preservar a identidade, os ônibus estão sendo depredados com pedras e porretes e os motoristas estão sendo ameaçados.
Durante aglomeração de ontem, a PM compareceu ao local para respaldar as ações desencadeadas pelos grupos. Sargento Henrique, da Polícia Militar, contabilizou que 81 pessoas permaneceram no ponto e um dos grevistas não acatou ordem judicial, sendo conduzido pela guarnição. “Chegou ao nosso conhecimento que o rapaz estava fazendo intimidação aos que trabalhavam. Foi redigido boletim de ocorrência para providências”, esclareceu o PM.
A construtora Consórcio Fertil se manifestou, destacando que “vem tomando uma série de medidas visando a manter a ordem e a integridade física dos trabalhadores e do seu patrimônio”.