Construções mantêm materiais em ruas e calçadas

Moradores da rua Doutor José Pedro Fernandes, no bairro Oneida Mendes, estão sendo obrigados a conviver com um canteiro de obras que, além de obstruir o passeio por completo, ocupa pelo menos um terço da rua. São três casas em construção no último quarteirão e uma no antepenúltimo. No passeio, montes de areia e tijolos impedem a passagem de pedestres, enquanto a rua é usada para fazer massa de cimento, deixando irregularidades no asfalto.

Segundo um dos moradores, que não quis se identificar porque já sofreu represálias por parte dos trabalhadores da obras, o bairro está em fase de crescimento e por isso é possível ver esta mesma situação em várias outras ruas. Ele afirma que já solicitou ao Departamento de Posturas que visitasse o local, mas ainda não foi atendido. “E tentei conversar com o pessoal das obras, mas é difícil. Primeiro sujam a via, aqui todas as ruas do bairro tem uma camada de concreto em cima do asfalto. Isso atrapalha o trânsito de pessoas, eles estão interrompendo a rua. Eu moro aqui desde o início do ano, e toda preparação das construções é feita no meio da rua. Não há nenhuma preocupação do poder público quanto a isso.”

O diretor do Departamento de Posturas, Renato Formiga, diz que é preciso paciência em determinados casos, pois algumas obras precisam utilizar o espaço exterior da edificação. “A gente tem que ter o bom senso e ver que, conforme o local da obra, não há condições de ocupar o interior. Então, ele pode ocupar parte do passeio e passar uma fita para vedar, delimitando a área. Na rua, há um prazo para descarregar o material e transferir para dentro, nesse caso é preciso compreensão. Nesta situação, o fiscal pode ir, avisar o que é preciso e voltar no outro dia para ver como está, mas há casos em que são necessários mais dias.”