Após um período de baixa, influenciado pela crise do mercado, o segmento de consórcios de bens, começa a dar sinais de crescimento e atrai mais clientes em busca de uma forma mais barata de adquirir certos produtos. O soldador Márcio Aparecido da Silva, 29 anos, pensou muito antes de entrar em um consórcio para adquirir sua motocicleta nova. Para ele, o fato de as prestações não serem tão altas e a oportunidade de pegar o bem através de sorteios ou pelo lance, foram determinantes na hora da escolha. Depois de pagar seis das 72 prestações de R$ 127, Márcio decidiu dar um lance de R$ 3 mil e pegou sua moto antes do final do financiamento. “Como eu tinha o dinheiro, decidi dar logo o lance e usufruir do produto. De qualquer forma, mesmo que eu não seja contemplado com a quitação imediata, me saiu bem mais em conta do que no sorteio”, explica. E Márcio tem razão. O economista Fernando Carvalho lembra que os consórcios, que surgiram como uma alternativa para quem deseja adquirir certo bem e não tem a quantia suficiente para bancar as prestações de um financiamento, é realmente vantajoso, já que não são cobradas taxas de juros e, por isso, o produto sai praticamente pelo preço pago à vista. “O cliente paga apenas taxas administrativas, diferentemente dos financiamentos, que vêm com os juros embutidos. É uma boa alternativa, principalmente para quem não tem urgência de pegar o bem”, ressalta. Luciana Cristina Alves, gerente de uma loja especializada na venda de consórcios, comemora a boa fase e reforça que as possibilidades dos consórcios são vantajosas para o consumidor. “Dificilmente, a pessoa não é sorteada até o final do consórcio, que pode durar vários anos, dependendo da modalidade e do bem a ser adquirido. De qualquer forma, existe a opção de pegar a carta de crédito, por meio da qual o cliente é contemplado com o valor do produto e pode comprar outro bem de sua escolha”, revela. O economista Fernando Carvalho, porém, lembra da necessidade de se tomar os devidos cuidados na hora de contratar um serviço dessa modalidade. “Em qualquer modelo de financiamento, é imprescindível observar todas as regras e ler o contrato para que não fique nenhuma dúvida e a pessoa possa sair prejudicada”, conclui Fernando.