De acordo com a pesquisa Pirataria no Brasil, Radiografia do Consumo, divulgada pela Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomercio RJ), o número de brasileiros que admitem comprar produtos piratas vem aumentando a cada ano e chega a quase 50% da população. De acordo com proprietário de boxe situado no Camelódromo, 80% dos produtos do local não são piratas.
O levantamento anual, que é feito desde 2006, mostrou que 48% dos entrevistados disseram ter comprado algum produto pirata em 2010. Em 2006, o percentual era de 42%. Os produtos mais adquiridos pelos consumidores são CDs (79%) e DVDs (77%), mas são vendidos também bolsas, calçados, óculos, tênis, roupas e brinquedos. Proprietário de boxe do Camelódromo explica que o local passa por um momento difícil nas vendas. “A gente está tendo baixa venda, porque o nosso produto é encontrado, hoje, em qualquer lugar, devido às importadoras. Então, reduz muito as nossas vendas, mesmo a gente tendo o menor preço”, ressalta. Essa queda acontece há cerca de três anos. “A venda de produto pirata é muito baixa. CD e DVD, pó exemplo, são produtos que caíram muito nas vendas, porque hoje tudo está na internet”, conta. Segundo o proprietário, se comparar este ano com o ano passado, as vendas dos produtos piratas caíram cerca de 80%.
Fúlvio Ferreira, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), explica que não tem como informar números nem quantidade porque não tem acesso a isso.
“Meu conhecimento é muito pequeno quanto a isso. Sei que existem alguns pontos da cidade que sempre são fiscalizados e procurados por uma espécie de blitz, mas eu não tenho conhecimento muito aprofundado sobre a quantidade”, ressalta. De acordo com Fúlvio, a posição da CDL é de cuidar do lojista que é associado e que normalmente não vende esse tipo de mercadoria. “Vou cuidar daquilo que é mais importante para a gente, e não exatamente do camelô, por exemplo. A dica que eu passo para o associado é que mercadorias sem origem, pirateadas, não contribuem em nada para o Brasil. Pelo contrário, são mercadorias mais ligadas ao nosso dia-a-dia e sem ligação com o mundo, não têm nenhuma procedência, muito menos garantia”, enfatiza. “O fim do ano está chegando e maior movimentação econômica e mais compras acontecem. Portanto, fica a nossa dica ao cliente para que procure comprar produtos que tenham certificado de garantia e cuja loja dê nota fiscal”, conclui.