Dificuldade no acesso atrapalha trabalho de reestabelecimento da Cemig, explica agente
Agente de relacionamentos da Cemig, Hudson Ferreira afirma que em 95% das ocorrências, a energia é restabelecida no mesmo dia (Foto/Reprodução)
A Cemig já possui um planejamento e uma programação para as atividades de restabelecimento de energia após tempestades. Alvo de reclamações constantes, principalmente por moradores da zona rural, o tema foi amplamente discutido com o agente de relacionamentos da concessionária de energia, Hudson Ferreira, durante entrevista no programa Pingo do J, da Rádio JM. Segundo o porta-voz da empresa na cidade, a concessionária dispõe de um sistema meteorológico que avalia as ocorrências.
Desde o início das chuvas, o desabastecimento de energia tem sido alvo de intensas reclamações por parte dos moradores de Uberaba. Bairros da zona rural, como Peirópolis e São Basílio, além de áreas nas extremidades da cidade, como o bairro Recreio dos Bandeirantes, são os mais afetados. Neste sábado (9), moradores das Chácaras Vila Real bloquearam a rodovia MG-427, no sentido Água Comprida-Uberaba, devido à falta de energia elétrica no local.
De acordo com Hudson, a principal causa de interrupção no fornecimento de energia são as quedas de árvores. No entanto, ele afirma que em 95% das ocorrências, a energia é restabelecida no mesmo dia. Ferreira acrescenta que alguns casos apresentam maior dificuldade para a equipe da concessionária.
"Então, uma árvore caiu em cima da rede e quebrou um poste. Precisamos remover a árvore da rede, trocar o poste e restabelecer o fornecimento. Em 95% dos casos, a energia é restabelecida praticamente no mesmo dia da ocorrência. No entanto, em situações mais críticas, como rompimento de cabos, quebra de postes ou queima de equipamentos, como transformadores, o prazo para o restabelecimento pode ser maior", esclarece.
Ainda segundo Hudson, na zona rural, a situação é ainda mais complexa devido ao deslocamento nas estradas e problemas de acesso às propriedades. "Na área rural de Uberaba, já discutimos com o sindicato rural que 50% a 60% dos produtores trancam as porteiras de suas propriedades à noite, e, ao chegarem, as equipes às vezes não têm acesso. Em alguns casos, é preciso cortar cadeados, o que se torna mais perigoso e arriscado, especialmente à noite", analisa.
O agente de relacionamentos da Cemig explica que, nesses casos, a companhia mobiliza as equipes, restabelece o que é possível e, “a partir desse momento, a equipe sinaliza para iniciar no dia seguinte, por volta das 4h ou 5h da manhã, quando já é possível o acesso. Durante o dia, a visualização é mais fácil, e as equipes conseguem realizar os atendimentos com maior tranquilidade", detalha.