Enfermagem cobra pagamento do piso (Foto/Rovena Rosa/Agência Brasil)
Profissionais da Enfermagem têm avaliação satisfatória da paralisação nacional da categoria, cuja adesão em Uberaba chegou a 70% entre os lotados na Prefeitura. De acordo com Sander Souza, representante da categoria, o passo foi importante.
"Foi muito positivo, atingimos o maior número de profissionais da Enfermagem paralisados nessas três paralisações", comenta ele ao Jornal da Manhã. A paralisação atingiu sobretudo a vacinação em Uberaba, tendo funcionado normalmente apenas seis salas de aplicação ao longo desta sexta-feira (30).
A principal reivindicação da categoria é quanto ao piso salarial, aprovado no Congresso Nacional no ano passado e anunciado pela prefeita Elisa Araújo (Solidariedade). Segundo Sander, a categoria se sente desvalorizada diante da demora em honrar o compromisso firmado.
Além disso, questionada pelo Jornal da Manhã nesta sexta, a Prefeitura de Uberaba alegou que o salário pago à categoria já está acima do proposto como salário-base. Além disso, segundo o Município, os servidores ainda contam com Plano de Carreira, gratificação e tíquete alimentação de R$ 1.000,00 (confira nota na íntegra ao final desta matéria).
Para Sander, a resposta dada pelo Executivo não agrada os profissionais de Enfermagem. Ele afirma que a resposta já foi dada anteriormente, o que aumenta a sensação de desvalorização por parte da categoria. “O discurso é o mesmo, efetivamente continuamos sem nenhuma valorização pela prefeita. Inclusive, [a Prefeitura] tem anunciado aumento de salários para outras categorias da saúde, mas para a enfermagem, só houve uma recomposição do salário do Técnico, era o salário mais baixo dentro da Saúde”, reforça.
A paralisação dura até as 7h deste sábado (1º), mas um ato público está previsto para as 10h, no Calçadão da rua Arthur Machado.
Nota da Prefeitura de Uberaba, na íntegra:
A Prefeitura de Uberaba, por meio da Secretaria de Saúde, informa que paga aos profissionais de 40 horas, um valor acima do proposto pela Lei 14.434 como salário base, além de ter aprovado legislação que prevê o pagamento de R$2.493,75 para técnicos de enfermagem com jornada de 30 horas; R$3.325, para os técnicos com carga horária de 40 horas – o mesmo previsto na legislação federal –, e R$2.493,75, para assistentes de enfermagem.
Os servidores ainda contam com Plano de Carreira, gratificação e tíquete alimentação de R$ 1.000,00.
Em relação a paralisação, nesta sexta-feira, 30, a SMS atua para garantir a assistência à Saúde da população e minimizar possíveis impactos em decorrência do ato. Até agora o movimento atingiu as salas de vacina, sendo que seis delas funcionam normalmente nas UMSs Abadia; Aluízio Prata (Elza Amuí); Ézio de Martino (Boa Vista); USF Dr. Edson Luiz Fernandes (Residencial 2000); e UBSs Eduardo Veloso (Borgico/Calcário) e Fausto Cunha (Borgico). Todos os outros serviços disponíveis nas unidades básicas estão ativos e em quadro completo.
Ainda por meio da Secretaria de Saúde, a Prefeitura reforça que mantém diálogo com os servidores e reconhece a importância de cada um deles, enfermeiros e técnicos, na assistência à saúde.