Movimento poderá deliberar pelo fim da greve, que passa de um mês na UFTM e quase dois no IFTM, dependendo do que for apresentado na sexta-feira
Delegação da UFTM e IFTM foi a Brasília ontem para pressionar o governo nas negociações (Foto/Divulgação)
Docentes das universidades e institutos federais aguardam nova proposta do governo até sexta-feira (14). Segundo o presidente da Associação dos Docentes da UFTM (ADUFTM), Wendell Meira, após o anúncio, deve ser marcada reunião para deliberação sobre o fim da greve na UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro).
Ao Jornal da Manhã, o presidente informou que já nessa terça-feira (11) deve ocorrer uma reunião com os profissionais de cargo técnico-administrativo. “A gente acha que o governo vai apresentar uma proposta de reajuste salarial para eles, diferente da última, que foi muito ruim, e com os docentes essa reunião vai acontecer na sexta-feira agora. Então, o Sindicato e todos os docentes estão aguardando essa reunião de sexta-feira para uma análise da proposta que deve ser apresentada, visto que a gente está pedindo reajuste, ainda alguma coisa para 2024”, afirma.
Wendell afirma que, até o momento, o ano de 2024 ainda não foi contemplado na proposta. No entanto, o restante estaria “longe do ideal, mas aceitável” e contempla a reestruturação de carreira, além de reajustes em 2025, 2026. “Então, a gente acredita que deve haver alguma proposta nesta sexta-feira contemplando alguma coisa em 2024. A gente está pedindo 3,6% e que se mantenham os 9% para janeiro e, para maio de 2026, 5,16%”, informa.
Conforme o presidente, após análise do que for apresentado, na próxima semana a Associação dos Docentes da UFTM deve convocar assembleia para poder aprovar ou não a proposta, assim como avaliar o fim da greve. No entanto, por enquanto, os professores continuam mobilizados.
A greve das instituições federais já perdura mais de um mês. No IFTM (Instituto Federal do Triângulo Mineiro), o movimento teve início em 8 de abril, enquanto na UFTM os docentes pararam as atividades em 1º de maio. Em Uberaba, o calendário acadêmico da universidade está paralisado com exceções, enquanto no Instituto as unidades de ensino decidiram pela suspensão de seus calendários acadêmicos, com exceção do Campus Avançado Uberaba Parque Tecnológico.
Ainda na segunda-feira (10), o governo federal se reuniu com reitores de universidades e institutos federais para apresentar mais uma parcela de reposição do orçamento geral das universidades, que deve ser importante para as instituições conseguirem terminar de pagar as contas referentes a este ano.