Sindicato mantém categoria mobilizada contra os projetos de lei, que muda regras de contribuição do Ipsemg e que cria a vigilância armada nas escolas (Foto/Arquivo)
O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) de Minas Gerais comemorou na semana que passou, 45 anos de história. A entidade celebra a data em meio a mobilização para a não aprovação do Projeto de Lei (PL) 2.238/24, que trata de alterações na contribuição dos servidores com o Instituto de Previdência dos Servidores de Minas Gerais (Ipsemg).
A coordenadora regional do Sind-UTE em Uberaba, Maria Aparecida Oliveira, destacou que a entidade é um sindicato construído pela força e determinação de cada um. Ela ressaltou que todos os filiados enfrentam juntos desafios, reivindicam os direitos e conquistam muitas vitórias em prol da educação pública e dos trabalhadores em Educação de Minas Gerais.
“O Sind-UTE/MG somos todos nós e, juntos, continuaremos a escrever essa história”, ressaltou.
O Sind-UTE também iniciou mobilização contra o PL 3.595/22, que autoriza a implantação de vigilância armada nas escolas. O projeto, de autoria do deputado estadual Bruno Engler (PL), está em tramitação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O PL teve como relator na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO), o deputado João Magalhães (MDB), que opinou pela aprovação do texto. O deputado Bruno Engler justificou que a ocorrência de atentados evidência o caos de segurança também dentro das instituições de ensino. Assim, os seguranças armados protegendo as escolas integralmente não é um gasto, mas um investimento em educação de qualidade.
O Sind-UTE/MG manifestou-se contrário ao PL porque considera que as escolas são espaços de construção de conhecimento e saber, de ensino da vida em sociedade, da não violência, de vivências e de práticas humanitárias, que devem estar longe do contato com as armas e narrativas que promovam a violência e o conflito. Para o sindicato, a sociedade brasileira deve se distanciar do discurso de ódio e de intolerância que, nos últimos tempos, vem sendo apregoados por políticos negacionistas e retrógrados que, sob o manto do conservadorismo e da defesa dos costumes, na verdade cometem aberrações, como esta que estão propondo na ALMG.