Após ser atropelada e quase ficar paraplégica, a cadela “Guerreira” aguarda por adoção no Hospital Veterinário da Uniube (HVU). Das ruas, a cachorrinha chegou ao pronto-atendimento, por ajuda de terceiros, em estado de saúde preocupante. Mas com o tratamento médico adequado, a cachorrinha voltou a andar.
Guerreira é uma cadela comunitária, ou seja, sem tutor e que criou laços de dependência em comunidade, em idade jovem-adulta. O acidente que a deixou paraplégica aconteceu há quase dois meses. Ela foi amparada por um casal e encaminhada para o Hospital Veterinário, onde foi atendida de forma gratuita no convênio estabelecido entre o HVU e a Prefeitura de Uberaba.
Seu quadro era preocupante: foi constatado politraumatismo, além de uma piometra, ou seja, uma infecção do útero, que pode ter sido a razão pela qual o animal sofreu o acidente. “A piometra é uma infecção do útero é pus e tem que tirar. O tratamento sempre é cirúrgico. Um dos motivos dela ter sido atropelada pode ser ter sido esse. A piometra é uma infecção, e se o animal passar mal, ele anda mais devagar e, normalmente, é atropelado. Então, um atropelamento é sempre associado a uma doença”, esclareceu o médico veterinário Cláudio Yudi.
O acidente deixou Guerreira temporariamente paraplégica. Mas após diversas cirurgias, entre elas a implantação de placas e parafusos na coluna, na bacia e no osso da coxa, ela voltou a andar. “Ela manca da perna direita traseira, mas ela recuperou muito bem para um cão que podia ter ficado paraplégico”, pontua Yudi.
Atualmente, Guerreira permanece no Hospital Veterinário, aguardando um novo lar. Claúdio Yudi reforça que deixá-la novamente na rua trará um risco de vida maior, já que o funcionamento de uma das patas não foi completo, reduzindo sua mobilidade.
Guerreira é um animal manso e dócil, só precisa de um pouquinho mais de atenção do que os outros animais, agora que tem uma condição adversa. Com fisioterapia e muito amor, sua condição não deve atrapalhar sua saúde. Ela já está castrada e passou por microchipagem também.
“Ela está aqui já há um tempo e não é legal deixar um animal no hospital por muito tempo. Não é um ambiente de adoção. Como não temos locais para deixar para adoção, eles ficam aqui no hospital. E quando ela sair, abre vaga para mais um paciente necessitado. Se ela ficar doente, ela vai ser tratada [pelo HVU], porque ela já está no convênio do hospital. Então, se ela ficar doente, não precisa procurar um hospital particular”, finaliza o veterinário.