Entenda o motivo por trás das podas e supressões de árvores em Uberaba

O Jornal da Manhã recebe cotidianamente denúncias e reclamações sobre podas e supressões de árvores em Uberaba. No entanto, em grande parte dos casos, as atividades são regulares e autorizadas pela Secretaria de Meio Ambiente (Semam). A explicação para os cortes, muitas vezes, está no chamado declínio arbóreo. 

Como explica Paulo César Franco, biólogo da Semam, nas regiões mais antigas da cidade, parte da vegetação já entrou nesse ciclo. Ele cita como exemplos vias como a Rua José de Alencar, Alexandre Barbosa e Getúlio Guaritá, além da Avenida Nenê Sabino.

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Mas o que é o declínio arbóreo? É o momento em que um manejo de poda não é mais suficiente para reequilibrar a árvore adequadamente. Isso leva ao apodrecimento, ao surgimento de fungos, cavidades, rachaduras ou protuberâncias. 

“São árvores que estão entrando em declínio, envelhecendo, entrando em um processo de necrose, o que começa a apresentar risco para transeuntes, veículos e, às vezes, para imóveis”, afirma Paulo César. 

Segundo ele, o ciclo de vida de uma árvore pode durar entre 40 e 70 anos, dependendo de diversos fatores, como a espécie, os cuidados recebidos e o local onde foi plantada. O biólogo também destaca que, após a remoção da vegetação, é feita uma medida compensatória. 

“Todas as árvores suprimidas passam por nós mediante processo. Todas as autorizações que saem da Secretaria de Meio Ambiente passam por análises e avaliações, e há uma medida de compensação. Precisa haver uma justificativa. Da mesma forma que, muitas vezes, liberamos, também negamos muitos pedidos porque não há justificativa. Às vezes, a poda resolve o problema, sem necessidade de remover a árvore. Mas, se realmente é necessário retirar aquela árvore, ela será retirada e outra será plantada no mesmo local. Se não for possível plantar no mesmo local, vamos estudar uma maneira de plantá-la o mais próximo possível do local da supressão”, explica.