Mestre em Educação, Juliana Silva, falou sobre a proposta durante entrevista à Rádio JM (Foto/Reprodução)
O movimento Escola sem Medo, desenvolvido pelo Conectando Saberes, prepara-se para novas rodas de conversa em estabelecimentos escolares das redes municipal estadual e particular. A primeira ação do movimento ocorreu na Escola Estadual Irmão Afonso.
A mestre em Educação Juliana Silva, coordenadora do Núcleo Conectando Saberes, durante entrevista ao JM News 1ª Edição, da Rádio JM, informou que as escolas municipais Uberaba e Arthur de Melo Teixeira, a Escola Estadual Professor Chaves e a Escola Nossa Senhora das Graças demonstraram interesse em receber a roda de conversa.
“É um movimento com o objetivo de promover a cultura da paz. Afinal de contas, escola é um lugar que não combina com o medo. O medo é uma emoção que nos coloca em alerta. E, devido aos fatos que foram registrados de ataques em escolas, a revista “Nova Escola” criou esse movimento (Escola sem Medo) para que pudéssemos estimular a cultura de paz. O objetivo é criar um ambiente de convivência pacífica em uma sociedade violenta, que estamos enfrentando”, ressaltou Juliana.
Mestre em Educação, Juliana Silva, falou sobre a proposta durante entrevista à Rádio JM (Foto/Reprodução)
Na primeira roda, informou Juliana, foi trabalhada a Declaração dos Direitos Humanos, para que as pessoas tenham a percepção de que elas têm instrumento para combater a violência. “Muitas vezes, a vítima não tem noção da violência que sofre e vive problemas, inclusive, em seu ambiente familiar. As escolas recebem muitos alunos em situação de vulnerabilidade social. E, a partir daí, o que fazer? Existem mecanismos para dar suporte aos alunos que passam por problemas de violência. Em alguns casos, dão assistência nas casas desses jovens”, frisou.
Conforme a revista “Nova Escola”, idealizadora do movimento, a ideia é desenvolver ações para que o diálogo e a mediação, em lugar da violência, resolvam os conflitos. No Brasil há uma convivência nas salas de aula e nos pátios com ofensas verbais, bullying cotidiano, agressões entre alunos e, em alguns casos, até contra profissionais da Educação.
“A consciência socioemocional da Cultura de Paz seria uma utopia? Talvez! Mas precisamos ir para um outro caminho que não seja o da violência. Valores e virtudes são universais”, destacou Juliana.