Capa do livro (Foto/Divulgação)
Muito antes do Geoparque Uberaba – Terra de Gigantes ser chancelado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), a escritora Valsema Rodrigues já retratava a história de dinossauros em seus livros. Criada em Uberaba, a artista literária conta que escreveu a história em 2015, a pedido do neto, após uma visita ao Museu dos Dinossauros em Peirópolis.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, Valsema conta que o livro é um sucesso no estado do Espírito Santo, onde mora atualmente, e é usado como material de estudo. O prefácio da obra foi feito por Beethoven Teixeira e as ilustrações por Lucas, o neto que pediu a história. “Quando eu fiz o livro, foi para agradar meu neto, porque nós fomos a Peirópolis. Ele ficou encantado com os dinossauros e falou: ‘Você gosta de fazer historinhas, faz uma história de um dinossauro’”, relata.
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A história retrata a vida do Karikassauro, um dinossauro da espécie titanossauro. Ele mora em uma floresta com os pais, Mamasauro e Papassauro, que reinam no local. Porém, o animalzinho nasceu com algumas peculiaridades: ele tem uma estatura menor do que a média da espécie e possui asas.
“O objetivo foi informar sobre a questão do bullying. Das crianças na escola receberem bullying. Fiz um livro para as professoras trabalharem esse momento ruim de bullying na escola. Quando a gente estudava, nem dávamos muita importância, mas já existia bullying naquela época. Hoje em dia está sendo sério. Tem estudante matando estudante por causa de rejeição”, conta Valsema.
A escritora Valsema Rodrigues com seu livro "O Diário de Karikassauro" (Foto/Jornal da Manhã)
O livro chegou a ser apresentado em algumas escolas de Uberaba e na Biblioteca Pública Municipal Bernardo Guimarães. No entanto, a escritora ainda não conseguiu viabilizar a distribuição do livro entre as escolas do município. Além disso, “O Diário de Karikassauro” chegou a ser lançado em Bruxelas, no maior museu do mundo totalmente dedicado aos dinossauros, o Dinosaur Hall.
“Uma médica brasileira me viu pela internet, me encontrou pelo Facebook. Ela é casada com um médico alemão e me convidou para fazer o lançamento do livro lá. O lançamento contou com as famílias brasileiras que estavam lá e que falavam português. Teve uma menina, Cecília Peçanha, que toca violão e flauta. Ela tocou música durante toda a história do Karikassauro, foi lindo. Tinham umas 30 famílias de origem brasileira, depois fizemos um lanche fora do museu. Um garotinho até falou que tinha certeza de que tinha visto os ossos do Karikassauro no museu”, relembra.
Valsema conta que a história do Karikassauro termina em aberto, para que as crianças tenham a oportunidade de finalizar o conto e trabalhar a criatividade. A escritora mencionou que pensa em dar continuidade à história, trazendo novas temáticas como a pandemia. Além deste, a escritora tem outros livros de educação, poesia e romance.