Estudante joga livro em professora

Denúncia recebida pelo Jornal da Manhã através de comerciante que preferiu não se identificar apontou para um problema que a leitora classificou como “absurdo e revoltante”.

Segundo ela, na última sexta-feira (11), o funcionário de serviços gerais da Escola Estadual Nossa Senhora da Abadia procurou seu estabelecimento comercial, localizado na rua Iguatama, e contou o que havia acontecido aquela manhã na escola. “Ele estava revoltado e tremia tanto, falando que uma aluna tinha agredido uma professora e a diretora não permitiu que chamassem a polícia. Ele falou que a aluna deu uma surra na professora e, como ninguém iria tomar providências, eu resolvi me manifestar”, afirma a comerciante.

A reportagem do JM procurou a direção da escola, que negou todas as informações. De acordo com ela, que pediu que seu nome não fosse veiculado, nenhum incidente desse porte ocorreu na manhã de sexta-feira. “Não tenho conhecimento disso”, diz. “O máximo que ocorreu foi um problema quando um aluno arremessou um livro e pegou no braço da professora, mas só isso. Ninguém se feriu e nada além disso ocorreu”, explica a diretora.

A superintendente regional de Ensino, Vânia Célia Regina, afirmou, em entrevista, que nada havia sido comunicado. De acordo com ela, em casos desse tipo, em que a agressão e erro por parte de algum funcionário são confirmados, pode ocorrer abertura de processo administrativo julgado pela Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado (Seplag). “Não conheço essa situação, mas geralmente, quando ocorre, a pessoa agredida é a primeira a procurar a Superintendência. Se comprovado algum erro de servidor público estadual, pode até dar em exoneração”, explica Vânia.