Aconteceu na tarde de ontem manifesto dos estudantes de ensino médio e de cursinhos preparatórios contra o descaso com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)
Aconteceu na tarde de ontem manifesto dos estudantes de ensino médio e de cursinhos preparatórios contra o descaso com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
A estudante Jéssica Ribeiro Borges, uma das organizadoras do evento, explicou à reportagem do Jornal da Manhã que o objetivo da passeata é que as pessoas vejam e entendam o descaso que está acontecendo com o Enem e se mobilize junto aos estudantes. De acordo com Jéssica, os alunos de todas as escolas particulares e estaduais foram convidados a participar do manifesto. “Temos aqui uma média de sete escolas participantes, com aproximadamente 70 alunos ao todo”, explica.
Lohanna Gutierrez, aluna de cursinho preparatório da cidade, contou que, além da passeata, a programação contou também com a leitura do manifesto e apresentação de teatro. “Essa apresentação de teatro simboliza as questões da dignidade, da ética e da moral que a gente acha que estão faltando, o que mais está causando esses problemas é a ausências dessas virtudes, desses quesitos básicos”, ressalta. “Tentamos simbolizar em cada item que a gente está trazendo para cá hoje esse sentimento de angústia e perturbação, porque isso causou muito conflito”, acrescenta.
Para Lohanna, toda essa situação é uma injustiça. “Não adianta nada eles falarem que vão equiparar as questões, porque para poder comparar dois alunos tinham que ser iguais, a gente estuda a vida inteira assim e chega na hora do vestibular não acontece isso”, opina.
De acordo com a estudante do cursinho preparatório, a iniciativa do protesto surgiu entre os próprios alunos de cursinho da cidade, que decidiram expandir e ir até as escolas, e também pela rede social Orkut. “A gente sentiu que as pessoas estavam empolgadas, recebemos apoio dos professores também e então a iniciativa foi para frente”, enfatiza.
O professor Godoy, presidente da comissão de educação e cultura da Câmara Municipal, que também estava presente no manifesto, explicou que tal evento é muito importante. “Eu vejo com muita importância, muita legitimidade o manifesto, porque no fundo é a maneira que os estudantes encontraram nesse momento de expressar o seu descontentamento. Eles colocam que não estão buscando culpados, mas querem a correção dos rumos, porque é o 2º ano consecutivo que o Enem permite que haja falhas”, ressalta. “Para mim, tem duas vertentes, a vertente da retomada política e a vertente da correção dos rumos do Enem, que eu acho de fundamental importância. É um evento pacífico, organizado, legítimo e, por conta disso, muito importante, espero que tenha eco, que tenha reverberação e que o governo esteja atento”, conclui. O professor lerá hoje o manifesto dos alunos no plenário.