PERCALÇO

Ex-funcionários denunciam possível quebra de diretos trabalhistas por shopping em Uberaba

Ainda conforme o testemunho, já foram feitas denúncias no Ministério do Trabalho, porém, até o momento não houve manifestação ou fiscalização sobre a situação por parte do órgão

Rafaella Massa
Publicado em 16/06/2023 às 21:11
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Praça Shopping Uberaba (Foto/Divulgação)

Ex-funcionários do Praça Shopping Uberaba relataram ao Jornal da Manhã uma situação de possível quebra de direitos trabalhistas por parte da empresa. Segundo os denunciantes, o empreendimento teria dispensado os trabalhadores, mas se recusa a pagar os direitos referentes à rescisão e ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Conforme o denunciante, o empreendimento estaria sem pagar o Fundo desde 2019, além de parcelar constantemente os salários dos trabalhadores que atuam na parte de manutenção do espaço. "O salário só vai acumulando e eles vão dividindo. Tem muitos pais de família lá. Eles não fazem o depósito dos tíquetes, contrariando o contrato de trabalho", pontua o ex-funcionário.

Dois ex-funcionários que entraram em contato com o JM e pediram para não serem identificados já tiveram audiências para tentativa de resolução do impasse financeiro e alegam que a administradora do shopping não compareceu ao julgamento. "Estamos muito preocupados porque somos responsáveis por famílias e não temos nem previsão. E muitas pessoas que ainda estão trabalhando lá não têm coragem de denunciar porque têm medo de retaliação", afirma um deles.

Ainda conforme o testemunho, já foram feitas denúncias no Ministério do Trabalho, porém, até o momento não houve manifestação ou fiscalização sobre a situação por parte do órgão. "Parece que eles podem fazer de tudo e não há nenhuma consequência. E nós temos dívidas acumulando juros e outras despesas, correndo o risco de ter água e energia cortadas", relatam os insatisfeitos.

"Eu disse a eles que, caso não me pagassem, levaria o caso à justiça. Eles me disseram que eu poderia fazer isso, porque eu não receberia e o processo demoraria de quatro a cinco anos", alega uma terceira ex-funcionária. As demissões relatadas ocorreram nos meses de abril e maio.

O Jornal da Manhã entrou em contato com o Praça Shopping Uberaba, que alega serem improcedentes as denúncias. A gerência afirma que todos os processos trabalhistas estão sendo acompanhados pelo departamento jurídico local e pela administradora em São Paulo. Além disso, o Praça Shopping afirma que os benefícios dos trabalhadores estão todos em dia.

A reportagem tentou entrar em contato com a administradora em São Paulo, porém, sem sucesso. O espaço permanece aberto para manifestação.

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