Aposentado de 59 anos, Lázaro Lorena da Silva teve alta médica do Hospital São José na tarde de sábado, dia 22. Ao todo foram aproximadamente 27 dias de internação e três intervenções cirúrgicas, sendo a primeira para desobstrução intestinal, a segunda para remoção da pinça e a última para lavagem intestinal, após uma complicação.
De acordo com a filha de Lázaro, Renata Cristina de Assis, a família estava na expectativa para recuperação plena do paciente. O retorno para casa garante a família reunida e uma conversa sobre possíveis providências em relação ao erro médico, que ganhou destaque na mídia nacional.
Lázaro saiu da Unidade de Terapia Intensiva na quinta-feira (20), teve a sonda retirada e já se alimenta por via oral.
Mas conforme explicou Renata, a família não conseguiu um relatório de todas as cirurgias, e ainda não teve acesso à lâmina do exame que mostra a presença da pinça no organismo de Lázaro. “Nós já pedimos, mas eles ainda não entregaram nada, sempre tem uma desculpa”, narrou.
O Conselho Regional de Medicina (CRM) decidiu apurar o caso e chegou a estabelecer um prazo de 30 dias para conclusão da investigação.
Segundo o médico Nelson Barsam, delegado do CRM, a sindicância ocorre em sigilo, mas tudo está sendo providenciado. O momento é de acompanhamento do paciente para analisar se sequelas ou prejuízos serão constatados. Caso o procedimento evolua para um processo, padrões formados por órgãos competentes há mais de 50 anos estabelecem penalidades que vão desde advertência sigilosa e suspensão até a pena máxima, que é a limitação do exercício profissional.
A Delegacia do Conselho Regional de Medicina não quis trabalhar com prazo oficial para desfecho da investigação.