Familiares denunciam procedimento inadequado em bebê de 20 dias em hospital de Uberaba

Familiares de um bebê de apenas 20 dias acionaram o Jornal da Manhã preocupados com o atendimento recebido no Hospital Regional. Segundo a tia, ele precisou de uma cirurgia de urgência após profissional ter quebrado uma agulha no pescoço da criança durante procedimento. Em nota, a Sociedade Educacional Uberabense afirmou que o paciente e sua família receberam assistência integral.

Após o fato, o bebê precisou ser conduzido ao Hospital de Clínicas da UFTM, onde passou por cirurgia nesta quinta-feira (5). 

“Estamos muito apreensivos porque os médicos do HC da UFTM falaram que é delicada a situação dele, porque tem menos de 20 dias”, desabafou a tia do bebê, ao Jornal da Manhã. 

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A criança tem intolerância a lactose, o que dificultou a amamentação com leite materno. Por isso, o bebê recebe fórmula infantil. Nesse contexto, ele acabou desenvolvendo uma infecção, o que levou os familiares a buscarem atendimento no Hospital Regional José Alencar (HRJA). Ainda de acordo com a tia da criança, a equipe médica que atendeu o bebê optou pela internação para que ele recebesse medicação intravenosa.

Uma médica pediatra da unidade orientou o uso de veia do pé do bebê, mas a manobra não foi bem sucedida e, então, teria sido necessário sedá-lo para que fosse utilizada uma veia do pescoço. “Quando a médica voltou, informou que o procedimento no pé não deu certo. Então, ela teve que sedar o bebê para pegar uma veia do pescoço. Em seguida, disse que ele estava sendo transferido para o Hospital Escola para ser submetido a uma cirurgia de emergência”, relata a tia.

Ainda de acordo com a denunciante, após três horas uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) realizou a transferência para o Hospital de Clínicas, onde, após exames realizados, constataram que parte do instrumento utilizado na outra unidade havia ficado alojada na criança. Diante do quadro, a tia explica que o bebê foi submetido a cirurgia de urgência. Felizmente, a cirurgia foi bem sucedida, segundo a denunciante. 

Posição dos hospitais

A reportagem do Jornal da Manhã acionou as duas instituições de saúde. 

Em nota, a Sociedade Educacional Uberabense (SEU) informa que a criança foi submetida a um procedimento invasivo, durante o qual ocorreu uma intercorrência, situação que, embora rara, é possível nesse tipo de intervenção.

Em todo o processo, o paciente recebeu assistência integral, incluindo a solicitação imediata de regulação para encaminhamento ao hospital de referência da cidade, garantindo os cuidados necessários. A família foi informada de forma clara e contínua em todas as etapas, mantendo um diálogo transparente e respeitoso.

Destacamos que todos os procedimentos realizados passam por rigorosas avaliações internas, com o objetivo de promover melhorias e o aperfeiçoamento constante.

Por questões de privacidade e em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), detalhes adicionais sobre o quadro clínico da criança não podem ser divulgados. No entanto, a SEU permanece à disposição da família para esclarecer dúvidas e reafirma seu compromisso com a ética, a responsabilidade e a excelência no atendimento.

O Hospital de Clínicas da UFTM pautado pelo Código de Ética e Conduta da Ebserh e pela Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018), não compartilha boletins sobre estado de saúde ou informações de pacientes.
 
Todas as informações sobre o atendimento e a conduta terapêutica são discutidos pelas equipes de atenção à saúde e comunicadas exclusivamente ao familiar responsável.

A Secretaria Municipal de Saúde informa que recebeu no dia 05/12 a solicitação de transferência do paciente. A transferência foi autorizada no mesmo dia, quinta-feira (05), para o Hospital de Clínicas.