O melhoramento genético do gir leiteiro é referência nacional e contribui sobremaneira para o aumento de produtividade com menor custo (Foto/Divulgação)
A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), que completa 50 anos em 2024, destacou o trabalho que é realizado em pesquisas com bovinos e no melhoramento genético da soja no Campo Experimental Getúlio Vargas, localizado em Uberaba. O campo é a sede da Epamig Oeste, também presente nos municípios de Patrocínio e Patos de Minas (no Alto Paranaíba). A Unidade Experimental, fundada em 1937 pelo governo federal, passou para a Epamig em 1975.
Dentre os serviços oferecidos pela unidade em Uberaba estão a venda de matrizes, reprodutores, óvulos e embriões de gir leiteiro; análises laboratoriais de solo e de semente (macro e micronutrientes, matéria orgânica, condutividade elétrica, fósforo remanescente e fertilidade), além da transferência de tecnologias, por meio de publicações, visitas e eventos técnicos.
A raça gir leiteiro, que é originária da Índia, adaptou-se muito bem à região tropical do Brasil e caracteriza-se pela alta produtividade leiteira. Os animais se destacam pela rusticidade, docilidade, capacidade produtiva e reprodutiva e boa produção de leite a pasto.
O Programa de Melhoramento Genético do Gir Leiteiro do Campo Experimental Getúlio Vargas da Epamig é referência nacional. As pesquisas estão voltadas para reprodução, produção e qualidade de leite, manejo de ordenha, nutrição e sanidade animal, sempre com foco na diminuição dos custos, tornando a atividade atrativa do ponto de vista econômico.
A Epamig realiza, anualmente, durante a ExpoZebu, o Shopping Gir Leiteiro, no qual disponibiliza, por leilão, matrizes (vacas), novilhas, touros, lotes com doses de sêmen e com embriões sexados de fêmeas de alto valor genético, além de oócitos (célula que dá origem ao óvulo) para produção de embriões.
As pesquisas em Melhoramento Genético da Soja, segundo a Epamig, contribuíram para um aumento superior a 200% da produtividade média do grão no país nas últimas décadas.
O programa, implantado no início da década de 1970, em parceria com a Embrapa, desenvolveu cultivares convencionais, transgênicas e especiais para alimentação humana, algumas delas com resistência ao nematoide de cisto e à ferrugem asiática, principal doença associada à cultura.