Documentos, fotografias e até um livro integram o acervo exposto no Memorial, que estará aberto a partir de amanhã (Foto/Divulgação)
Nesta segunda-feira (30), será inaugurado o Memorial Clube Sírio Libanês, uma iniciativa institucional da Fundação de Ensino Técnico “Dr. Renê Barsam” (Feti). A Feti hoje está instalada no prédio do tradicional clube, inaugurado em 1925.
A direção da Feti alega que o Memorial tem o intuito de promover o reconhecimento e a valorização histórica e cultural da memória do espaço, que teve contribuições de Uberaba e região. A Feti desenvolveu o memorial a partir de recursos do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
O projeto possui tela retrátil, banners, placas, vidrarias e bancadas. O Memorial também conta com a parceria do Arquivo Público de Uberaba, da Fundação de Ensino e Pesquisa de Uberaba (Funepu), do Núcleo Interinstitucional de Estudos Ambientais (Niea) e da Naves Comunicação.
Segundo a presidente da Feti, Sônia Manzan, o projeto do Memorial nasceu com o propósito de manter viva a história do Clube Sírio Libanês e cultivar as memórias do espaço, que marcou época na cidade e permanece no coração de milhares de uberabenses.
Além do acervo de fotos, objetos e documentos, o Memorial dispõe do livro “As 1001 Noites do Clube Sírio Libanês”, um álbum de figurinhas que conta a história do clube de maneira lúdica e criativa, despertando o interesse nas gerações mais novas sobre o legado deixado pelo espaço. O livro será distribuído, gratuitamente, no dia do evento.
O prédio onde funcionava o Clube Sírio Libanês foi interditado desde 2015 por falta de alvará. Em 2019, passou a abrigar a sede da Feti, que oferece cursos de iniciação profissional para adolescentes.
A reforma para abrigar a Feti custou, aproximadamente, R$2 milhões. A mudança foi viabilizada depois que a Câmara de Vereadores ratificou o acordo judicial que autorizou a utilização das dependências do Clube Sírio Libanês pela Feti. A formalização foi feita por meio de um Projeto de Lei (PL) encaminhado pelo Executivo.
No PL apresentado à Câmara de Vereadores à época constava os levantamentos realizados quanto às dívidas do clube, que totalizavam R$8,1 milhões, sendo: R$919 mil em dívidas trabalhistas; pouco mais de R$1 milhão para o Estado; R$569,4 mil para a União; R$ 2 milhões para a Receita Federal; R$ 955,6 mil para o Município, e R$2,6 milhões em ações judiciais.