Uberabenses em vários pontos da cidade enfrentaram situação bastante desagradável nos últimos dias, em função da enorme
Uberabenses em vários pontos da cidade enfrentaram situação bastante desagradável nos últimos dias, em função da enorme quantidade de fuligem resultante da queimada de cana no entorno da BR-050. O médico veterinário Fernando Luiz Bartholo, morador do bairro Olinda, descreveu a situação como “desrespeitosa e negligente”.
Segundo ele, desde meados do mês de setembro, quando se inicia o período da queima da cana nas lavouras da região, a fuligem atinge sua casa e de todos os outros moradores vizinhos a ela. “Acontece que terça-feira foi demais. Eu trabalho de roupa branca todos os dias e foi um problemão. Era mais de meia noite e minha esposa estava lavando a varanda pela 3ª vez”, conta. Para ele, alguma providência deveria ser tomada, pois “os interesses da população têm que ser soberanos aos interesses dos empresários ou políticos”, cobra Fernando.
Além do bairro Olinda, os bairros Tutunas e Jardim Uberaba também foram atingidos pela “chuva de cinzas”, como classificou a dona-de-casa Maria Aparecida Moisés, moradora da rua Vicente de Paula Cardoso, no Jardim Uberaba. “Suja o chão, suja as roupas, entra nos olhos. Eu e meus filhos nos trancamos em casa e não dá pra fazer mais nada”.
A equipe de reportagem do Jornal da Manhã foi até o local e constatou que a maioria das ruas do bairro estavam quase que completamente cobertas pelas cinzas da cana. Maria Aparecida, que tem três crianças em casa, afirmou que a situação já dura vários dias. “Dou aulas gratuitas de alfabetização a algumas pessoas carentes aqui da região, mas se continuar vou ter que cancelar também”, completa.
A Secretaria de Meio Ambiente do Município informou à redação do JM que o secretário José Luís Barbieri estará fora da cidade até a próxima semana. Ele também não foi encontrado pelo telefone celular. O dirigente que responde pela fiscalização de resíduos e partículas suspensas não pode falar com a reportagem por motivos de saúde. A técnica responsável pela fiscalização não foi encontrada na Secretaria e nem no celular.