Fumo é permitido em casas religiosas

Centros religiosos com matriz africana conseguem liberação do fumo nas celebrações. A lei antifumo, que entrou em vigor no dia 5 de abril, proíbe o tabagismo em recintos fechados e prejudicou as atividades nos centros de umbanda.

O babalorixá Babá Carlos iniciou um movimento com as casas de religião africana de todo o Estado e conseguiu uma modificação na lei. A autorização já está na cartilha que a Secretaria Estadual de Saúde irá distribuir em Minas. “A vitória foi muito grande, porque aqui o pessoal estava preocupado com a situação. Graças ao nosso grito, nós fomos ouvidos pela Assembleia sem precisar manifestação mais forte,” salientou.

Ele explicou que o projeto original previa um artigo liberando o fumo nos centros religiosos, mas, por já existir na Constituição Federal uma lei que protege a cultura africana, retiraram a cláusula da lei mineira. “As leis se desencontraram. Com essa mudança de agora nós teremos nosso culto como deve ser.”

Nas sessões de umbanda, os caboclos fumam charuto, os pretos velhos fumam cachimbo ou cigarro de palha e as ciganas fumam cigarrilhas. Em todo o Estado são cerca de três mil templos de umbanda e candomblé. Em Uberaba são mais de 120 casas de religião com matriz africana.