DENTRO DO PRAZO

Funcionário do comércio cobra agilidade nas negociações do reajuste salarial

Rafaella Massa
Publicado em 01/10/2024 às 10:15
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Trabalhador reclama da demora na negociação do reajuste salarial para funcionários do comércio. No entanto, o Sindicomerciários (Sindicato dos Funcionários do Comércio de Uberaba) explica que as negociações estão dentro do prazo previsto, e as empresas deverão pagar as diferenças salariais desde 1º de agosto. O Sindicomércio (Sindicato do Comércio) também informa que as negociações entre as categorias estão dentro do cronograma e que o texto da convenção será finalizado em breve. 

De acordo com o denunciante, o Sindicato dos Funcionários do Comércio de Uberaba estaria atrasado com as documentações relacionadas ao reajuste. "O dissídio era para sair em agosto, já estamos entrando em outubro e nada até agora. O salário mínimo aumentou em janeiro e daqui a três meses haverá outro reajuste", afirmou. 

Ele também criticou o Sindicato do Comércio, alegando que não estaria pressionando por mais agilidade, apesar de a resolução beneficiar tanto empregados quanto empregadores. "Depois reclamam que não acham pessoal para trabalhar. Isso é um descaso com os empregados do comércio da cidade", completou. 

Segundo o Sindicomerciários, as negociações da Convenção Coletiva de Trabalho iniciam em agosto, data-base da categoria. Contudo, a entidade esclarece que os processos tendem a se prolongar devido a divergências com o Sindicato Patronal. “Se verificar em nosso site, onde estão disponíveis todas as CCTs, nunca conseguimos finalizar uma negociação antes de outubro. É natural que as negociações se estendam", explicou a assessora jurídica da entidade, Suellen Silva. 

Ela ainda ressaltou que, após o término das negociações, o reajuste será retroativo a agosto, com as empresas obrigadas a pagar as diferenças salariais desde o dia 1º daquele mês. 

O gerente do Sindicomércio, Thiago Árabe, acrescentou que as negociações ainda não chegaram a um dissídio coletivo, o qual só ocorre quando não há acordo entre as partes e o caso é levado ao Judiciário. "O dissídio coletivo só acontece quando o sindicato patronal e o laboral não conseguem solucionar a negociação e ela vai para julgamento", afirmou. 

Thiago também reforçou que o prazo para iniciar as negociações é 1º de agosto, mas não há data definida para seu encerramento. "Nos últimos dois, três anos, conseguimos fechar em no máximo dois meses. Muitos empresários e contadores se acostumaram com isso, mas não é sempre assim. Algumas negociações podem se estender por seis, sete meses", relatou. 

Ele finalizou dizendo que o índice já foi acordado e o sindicato está em fase de finalização do texto da convenção.

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