6 MORTES EM INVESTIGAÇÃO

Gestor das UPAs alerta para agravamento de casos de dengue em Uberaba

Número de casos confirmados se aproxima de 300 e seis casos de óbito estão em investigação, enquanto um já foi confirmado

Marconi Lima
Publicado em 28/02/2025 às 10:23Atualizado em 28/02/2025 às 19:03
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Diretor administrativo da Sociedade Educacional Uberabense, gestora das UPAs, Frederico Ramos, diz que os casos estão exigindo mais tempo de internação (Foto/Reprodução)

Dados do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) apontam que Uberaba se aproxima dos 300 casos confirmados de dengue, com 3.611 notificações, um óbito confirmado e seis que estão sob investigação.

Além dos números que chamam a atenção e levaram a Prefeitura de Uberaba a anunciar que decretará situação de emergência por conta da dengue, os pacientes que buscam atendimento nas unidades de saúde têm apresentado quadro mais grave da doença do que os registrados em anos anteriores.

Durante entrevista ao programa Pingo do J, na Rádio JM, Frederico Ramos, diretor administrativo da Sociedade Educacional Uberabense (SEU), gestora das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), em Uberaba, confirmou que o quadro é de alerta.

“Tivemos um aumento significativo dos casos suspeitos de dengue nos atendimentos realizados nas UPAs. Somente no mês de fevereiro (até o dia 26), na UPA do Mirante, registramos 1.400 atendimentos de pacientes suspeitos de dengue, e na UPA São Benedito, mais de mil casos suspeitos. No Hospital Regional, os atendimentos saltaram de 100, em janeiro, para mais de 220, em fevereiro. E percebemos que o quadro dos pacientes que buscam atendimento é mais sério”, ressaltou Frederico Ramos.

Segundo ele, os pacientes estão permanecendo mais tempo internados, devido às complicações causadas pela dengue. “Percebemos que casos de pacientes com ascite e derrame pleural. Com isso, o tratamento é mais demorado, prolongando o prazo de internação”, disse Ramos.

Ascite é o acúmulo de líquido no abdômen, cujos sintomas são o aumento do volume abdominal, dor abdominal, náuseas e vômitos, perda de apetite, dificuldade para respirar e inchaço em pernas e tornozelos.

Já o derrame pleural é o acúmulo anormal de líquido entre as membranas que revestem os pulmões e a parede torácica. Os sintomas são a falta de ar, principalmente ao respirar e tossir, dor no peito, tosse seca ou com catarro, sensação de pressão no peito, fraqueza, fadiga, cansaço ao se movimentar e elevação entre as costelas (em casos graves).

Dados da Superintendência Regional de Saúde de Uberaba (SRS) apontam que a Macrorregião de Saúde Triângulo Sul enfrenta agravante com a circulação do sorotipo 3 do vírus causador da dengue. Grande parte da população, especialmente pessoas com menos de 20 anos, está vulnerável a esse subtipo, considerado um dos mais virulentos, favorecendo formas graves da doença.

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