Um dos mais tradicionais e antigos hotéis do Triângulo Mineiro está fechado. O Grande Hotel, inaugurado em 12 de fevereiro de 1941, não funciona já há um mês e está à venda. Segundo Sandra Mara Gonçalves Martins Borges, uma das acionistas do empreendimento, uma reunião entre os demais cotistas será realizada hoje, 4, para definir seu futuro. “Todos querem sua venda. Tem uma proposta para que aluguemos o hotel, mas não há interesse. Reivindicamos a venda”, disse ela, sem revelar o nome de quem fez a oferta. Primeiro prédio construído no Triângulo e de propriedade da Companhia Cinematográfica São Luiz Ltda., que tinha como diretor geral Orlando Rodrigues da Cunha, o Grande Hotel foi erguido em 15 meses. Obra arrojada para a época de sua fundação, ostentou durante décadas o luxo e a pompa que atraiu hóspedes ilustres como o ex-presidente Getúlio Vargas. No entanto, hoje, o hotel está mergulhado em dívidas. “As gerações anteriores fizeram estas dívidas e ninguém, agora, quer ficar com elas. Desejamos ficar livre delas, por isso, trabalhamos pela venda. Tenho 5% das ações do Grande Hotel e Cine Metrópole e, mesmo sendo muitas dívidas, pagando-as, ainda esperamos receber um pouco”, explica Sandra. A acionista destaca a importância estratégica do empreendimento e sua localizaçã fica no centro, na avenida Leopoldino de Oliveira, próximo aos principais bancos da cidade. “É um hotel com história, fundado por Antônio Martins Fontoura Borges e Alberto Martins Fontoura Borges, e conta ainda com o cinema onde pode ser construído até mesmo um estacionamento”, destaca. A reportagem do Jornal da Manhã também tentou falar com Hugo Rodrigues da Cunha, ex-prefeito de Uberaba, outro acionista do Grande Hotel e um dos últimos administradores, mas ele está em viagem para Araçatuba (SP) e não foi possível fazer contato telefônico com ele. (FN)