Greve dos eletricitários da Cemig foi paralisada. A decisão tomada após mais de 20 dias de luta por aumento real no salário, participação nos lucros e fim da terceirização, foi tomada pela categoria através de assembleias realizadas em todo o estado.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Eletricitários (Sindieletro) em Uberaba, Samuel Chaves, a suspensão do movimento não significa que os trabalhadores desistiram da causa.
Números divulgados pela classe apontam que na região do Triângulo Mineiro quase 100% dos grevistas queriam a continuidade da manifestação, mas os eletricitários de Belo Horizonte e do leste mineiro preferiram interromper a paralisação. Como a maioria optou pelo fim do movimento, os uberabenses ficaram impossibilitados de continuá-lo.
“No total, 48% dos eletricitários votaram pelo fim da greve e 41% queriam manter. A outra porcentagem se absteve da decisão”, informou Samuel, alertando para a situação de desgaste dos funcionários com a Cemig.
Segundo o diretor, a cláusula de número 58 do acordo de trabalho que diz respeito à demissão imotivada, proposta pela desembargadora que conduz as negociações, não é o que a classe almeja. “Nós temos receio que com a retirada dessa cláusula, a empresa possa tirar trabalhadores do quadro próprio e contratar terceirizados”, argumentou, temendo demissões em massa.
O Tribunal Regional do Trabalho sinalizou que sem acordo, o caso seria julgado. Por essa razão os eletricitários esperam rapidez na Justiça, e mesmo assim, a categoria não acredita em possível desfecho ainda esse ano.