Servidores técnicos federais do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) continuam em greve, mas dão sinal de que podem retornar ao trabalho
Servidores técnicos federais do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) continuam em greve, mas dão sinal de que podem retornar ao trabalho caso o ministro da Educação, Fernando Haddad, dê garantias de que vá cumprir as principais reivindicações. Porém, ato público programado para a semana passada foi adiado e acontece nos próximos dias.
Até o momento, 55% dos funcionários do Hospital das Clínicas da UFTM aderiram à greve, além de outros servidores dos setores de engenharia, patologia e do ambulatório Maria da Glória. Hoje, alguns dos servidores seguem para Brasília, onde participam de encontro com Comando Nacional da Greve para analisar documento encaminhado pelo MEC à Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra).
De acordo com a coordenadora-geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Município de Uberaba (Sinte-MED), Mirtes Reis, caso o documento exija o fim da greve para então dar continuidade à negociação, a categoria não irá aceitar. “Mas, se houver garantias de que o ministro garantirá as principais reivindicações, poderemos retornar ao trabalho e continuar negociando com o governo.”
As reivindicações que os servidores técnicos federais do Hospital de Clínicas da UFTM não abrirão mão são a reposição salarial, já que estão há 10 anos sem aumento; contra a aprovação do Projeto de Lei 549, que determina o congelamento dos salários dos funcionários públicos por 10 anos, e, ainda, contra a privatização dos hospitais universitários através da Medida Provisória 520. Atualmente, a greve dos servidores técnico-administrativos atinge mais de 47 universidades federais.