AVANÇO

Grupo de pesquisa da UFTM é premiado em congresso nacional

Rafaella Massa
Publicado em 02/08/2023 às 13:28
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Professora Carolina Campos, junto das alunas e bolsistas da iniciação científica, Júlia Ribeiro Semei e Elisa Gotardelo (Foto/Divulgação)

Uma pesquisa voltada à área da Psicologia, realizado pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), com foco nas pessoas com deficiência, recebeu a primeira colocação de Boas Práticas no 11º Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica. A proposta foi feita a partir de um estudo pessoal da coordenadora sobre a escassez de instrumentos e materiais inclusivos para avaliações do público. 

O projeto é realizado pela professora da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Carolina Rosa Campos, junto das alunas e bolsistas da iniciação científica, Júlia Ribeiro Semei e Elisa Gotardelo. Além de professora, Carolina atua como coordenadora do Laboratório de Avaliação Psicológica (LAP-UFTM) da universidade, onde desenvolve diversos projetos, entre eles o de avaliação psicológica voltado para pessoas com deficiência.  

“Pensando nisso, eu comecei a trabalhar dentro dessa área com a proposta de pensar em uma avaliação psicológica inclusiva. Temos um projeto grande, que se subdivide em pesquisas específicas, porque entendemos que a avaliação psicológica é um processo complexo, técnico e científico e que necessita de instrumentos respaldados pela ciência. Nesse sentido, trabalhamos com a elaboração de instrumentos que se encaixam em fontes fundamentais e fontes complementares de informação dentro de um processo avaliativo”, pontua a coordenadora. 

O primeiro projeto envolve a construção de uma bateria de testes para avaliação de habilidades cognitivas de crianças com deficiência visual, executado com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). O segundo projeto envolve a construção de um instrumento chamado “Baralho das Emoções”, voltado para avaliação das emoções das crianças, apoiado pelo CNPq.   

“Entendemos que esses estudos são importantes para que possamos fornecer ferramentas e instrumentos de qualidade para os profissionais que estão atuando com essa população de crianças com deficiência visual. Esse prêmio que ganhamos no congresso foi fruto da integração desses dois instrumentos que estão sendo pesquisados, e nos mostra a importância de boas práticas, no caso, de práticas equitativas”, conta Carolina. 

Esses instrumentos auxiliarão a identificar características importantes das crianças com deficiência visual, criados, especificamente, para elas, como processos de memória, raciocínio verbal, numérico, bem como aspectos emocionais, como alegria, medo, raiva, dentre outros. “Hoje temos disponíveis vários instrumentos psicológicos para crianças, adultos, idosos que visam avaliar inteligência, a personalidade, ansiedade, depressão e etc. No entanto, esses instrumentos não contemplam populações específicas. Por exemplo, alguns testes de inteligência avaliam a velocidade de processamento. A criança que possui uma limitação motora não pode ser avaliada com um mesmo instrumento que é aplicado a uma criança que não apresente essa limitação. Isso porque a tarefa precisa estar alinhada à especificidade da criança, para que de fato possamos medir sua habilidade”, finaliza.   

As Provas de Avaliação da Inteligência para crianças com deficiência visual (PAIC-DV) é estudada desde 2011 e está em fase final para coleta de dados em outras regiões do país e adequações para cumprir os critérios previstos pelo SATEPSI (Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos) do Conselho Federal de Psicologia, para que ele possa ser comercializado. Já o Baralho das Emoções atua como um instrumento complementar e deve ser comercializado em breve. 

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