Em esclarecimento, a presidente da instituição explicou como funciona o atendimento na unidade, sem a saída de médicos
Hospital da Criança (Foto/Jairo Chagas)
Após circular nas redes sociais informações de cartazes que alertavam para uma possível redução no atendimento do Hospital da Criança, o Jornal da Manhã apurou suposto caso de debandada de funcionários. Em resposta ao JM, a presidente da instituição, Cida Magnabosco, negou os rumores de saída de médicos e afirmou que o número de profissionais não sofreu alterações antes ou depois do anúncio da suposta intervenção.
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Em relação aos cartazes, Cida Magnabosco esclareceu que foi colocado um aviso à população, mas que se refere aos convênios privados “e é apenas em alguns dias e horários”, disse, em nota. Ela ressaltou que a prioridade do Hospital da Criança é garantir o preenchimento das escalas do Sistema Único de Saúde (SUS), visando atender às necessidades da população.
A presidente esclareceu ainda como funciona o corpo técnico atualmente. “Nossa equipe técnica de Enfermagem é composta de 44 profissionais e de 12 enfermeiras. Temos em torno de 40 que atendem no Pronto Atendimento do Hospital”, reforçou Cida.
No Pronto Atendimento do SUS, cada plantão conta com cinco médicos fixos, três durante o dia e dois durante a noite, ou vice-versa. “São plantões de 3, 4 e 6 horas, de acordo com a disponibilidade do médico, cobrindo a escala. Em cada plantão no PA do SUS trabalham dois enfermeiros por dia e quatro técnicos de enfermagem por dia, em plantão de 12 x 36”, explicou.
Cida esclareceu também sobre a quantidade média de pacientes. “Passam em média por dia no hospital, 200 crianças, sempre nas segundas-feiras o volume é maior. O aumento do volume começa às 10h e vai até 22h”.
O tempo médio de atendimento varia de acordo com a condição de saúde de cada paciente. "Cada caso é um caso. Se é uma crise convulsiva, se é uma sutura, se é um caso que requer mais atenção, depois de examinar, pedir exames, realmente é mais demorado. Se é um caso que precisa hidratação ou paciente ficar em observação, o médico além de atender tem que fazer a prescrição e ir fazendo as reavaliações. O paciente volta para trazer resultado de exames e é uma nova consulta. Se é problema respiratório (asma, bronquite) tem que fazer Puff com as medicações próprias, de 20 em 20 minutos, no mínimo 3 e (ser reavaliado após) e verificar o Raio X que será realizado depois de Puffs. São muitos detalhes no atendimento em pediatria”.